Vale das confusões

Quem vale-se da existência? Efêmera, por natureza. Quem, entre todos os homens, pode dizer: eu encontrei o significado?

Oh! vale das dúvidas, por mais que eu encontre outros caminhos, por mais que deleite-me em outros espaços, ainda acabo aqui, outra vez, no princípio das confusões... O que direi à minha mente, quando descobrir que não achei a resposta?

Que eu não espante os homens por minha incredulidade, pois acho que não sou tolo em pensar o que não sei, assim como não atrevo-me a pensar que isso me torna melhor que alguém...

O que prometeu-me o racionalismo em sua subversão da razão? O que prometeu-me o empirismo ao valorizar somente à experiência? Os meus sentidos enganam-me, bem como os meus pensamentos...

Agora sei que não cheguei à conclusão nenhuma, mas, ainda assim, chegue à uma conclusão: que tornei àquele vale; o vale das confusões.

O pequeno homem
Enviado por O pequeno homem em 27/05/2020
Reeditado em 27/05/2020
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