Amor nos tempos de pandemia

Se pudesse dar um conselho nessa pandemia é não se divida entre dois amores, escolha por si mesmo!

Hoje, eu poderia estar como muitos que postam fotos das suas amadas e declaram o seu amor por elas. O amor de uma mulher que me amasse foi tudo o que mais almeijei na vida e, mais uma vez, perdi essa chance.

Por conta do bombardeio de informações e por morar com minha mãe idosa, tomei atitudes que ofenderam a pessoa que amava. Não fiz por mal, queria salvar ela e minha mãe mas nesse dilúvio, eu me afoguei.

Fui omisso de, antes disso tudo, ter optado por mim. Ter içado as velas do meu barco e navegar sozinho nesse oceano da minha vida mas fui fraco em me deixar levar pelas minhas condições financeiras. Não queria dar mais despesas ao meu amor! Queria dividir o fardo dela comigo e o meu com ela.

Na primeira vez que nos separamos nessa pandemia e voltamos, ela deixou sinais de que, se não tomasse uma atitude, ela iria mudar. Eu quero mudar mas não posso agora abandonar aquela que sempre ficou do meu lado, mesmo me querendo apenas do lado dela.

Hoje meu dia foi triste. O máximo que consegui foi colocar a imagem de um homem solitário num banco. Se ela está com outro? Não sei mas uma coisa ela deixou claro: o que fiz não tem desculpa e, como punição, hoje volto a solidão.

Se estiver lendo essa carta e estiver indeciso sobre que rumo tomar, uso aquela frase: vai e se der medo, vai mesmo assim! Talvez eu tenha outra oportunidade? Não sei. Pra quem já passou dos 40, as opções são reduzidas mas vou procurar fazer por mim pois essa vida é única e não vou esperar a próxima para ser feliz.

Pra quem pode comemorar, desejo que o amor de vocês vença tudo, até os atos impensados que um ou outro venham a cometer. Somos humanos, erramos e não devemos nos julgar.

Amem-se!

Fi Braga
Enviado por Fi Braga em 13/06/2020
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