Há sentido?
Há sentido? Em só conhecer o lixo?
Há significado? Quando você está do outro lado?
Há resquício? Quando seu corpo está consumido?
Há juízo? Quando sua mente jaz no vazio?
E o espaço, daqueles que caem em descaso?
Há propósito? Em quem não conhece o solo?
Há juízo, naquele que não concebe o paraíso?
Há remorso? Em todos que não veem os polos?
Entre o preto e o branco, entre os linhos e arranjos
Há algo mais? Para quem não vê mais?
Há esperança? Para uns que nem foram crianças?
Há algo apenas para nós, nessa bolha atroz?
Há de se mover, feroz
Há de nos consumir, algoz