De todos os amores que já tive...

De todos os amores que já tive na vida o mais importante talvez seja o amor a verdade. Pois não cobro das pessoas promessas de eternidade, ilusões fantasiosas e nem as considero minha propriedade, quero apenas honestidade. De modo que compreendo que muitas coisas nessa vida tem um tempo finito, isso não as impede de ser sinceras, intensas ou belas, o que estraga esse encanto é nossa necessidade frágil de querer cultivar de forma irreal coisas que inevitavelmente perderam sua razão de ser...

Posso ter nessa vida diversos defeitos, eu mesmo passo o dia a reconhece-los em diversas situações. Mas quando faço algo é porque quero de fato, não consigo fingir sentimentos ou vontades, não sei mentir, e quando faço de tão inábil pareço ridículo.Sou uma pessoa estranha, fria muitas vezes e amante incondicional de minha necessária solidão em determinados momentos. Quando alguma coisa é importante pra mim eu sou por inteiro. Não consigo viver com partes de mim sem rumo caminhando por aí simulando vontades perversas que não me levam a lugar algum...

Uma vantagem de não temer a solidão é não basear minhas decisões no medo. Nada é tão ruim pra mim quanto viver uma mentira, nesse sentido a solidão é um abrigo tão agradável que me atrai inevitavelmente a seu encontro quase natural.

Eu amo, com a intensidade e poesia digna de livros de contos de fantasia. Não por necessidade pois não o é, mas pela exímia alegria de ter ao meu lado aquela que transforma minha solidão em um luxo que não preciso ter, ao passo de que querer estar acompanhado de minha companheira se torna a expressão da verdade inegável que já não me cabe mais evitar...