ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A ALEGRIA (2)

# As alegrias são, sempre, acrescidas pelas amizades, ao passo que estas, quando sinceras, dividem as tristezas.

# Não tem tristeza pior do que a certeza de que se perdeu, para sempre, algo que já deu-nos grandes alegrias.

# O curso de nossas vidas, assemelha-se a uma navegação em um grande rio, que podemos chamá-lo de rio da vida, e que tem a obrigação de nos levar, em cumprimento do tempo da nossa existência. Quando crianças, e até o auge de nossa juventude, sentimo-nos como se estivéssemos navegando numa parte deste rio, em que as águas são límpidas, onde tudo, neste período, é só alegria e felicidade; com o continuar do tempo de navegação, tais águas parecem que vão escurecendo, como se ficassem, parcialmente, sujas, isto por conta, talvez, das angústias e das decepções que tivemos que sofrer na vida até chegarmos a esta altura do rio, ou seja, o correspondente a meia idade; neste período da navegação, é bom frisar, as alegrias já não têm mais a intensidade de outrora e aí, vão, cada vez mais, diminuindo. Com o passar do tempo, mais adiante da nossa navegação, vamos atingir a velhice, e chegarmos prestes ao final da nossa existência, só que agora, sentimo-nos estar navegando numa espécie de águas já, totalmente, pretas, mas pretíssimas mesmo, transparecendo estar quase que sem vidas, e nós, já estamos cansados de tudo, e com o coração já sem assimilar, perfeitamente, quaisquer tipos de alegrias e fantasias, além da felicidade para as coisas da vida estar desvanecendo-se a cada momento.

# Choramos, reiteradas vezes, por algo que hoje vimos como uma grande tristeza; mas que, na verdade, deveria ser visto como uma imensa alegria. Só o tempo é capaz de fazer-nos enxergar, que o mal visto hoje foi para o nosso bem no futuro.

# A alegria tem um grande defeito: não fica, como a tristeza, martelando a nossa mente, avisando que está presente conosco.

# O grau da alegria, bem como o da tristeza, depende mais do nosso interior do que de algo que nos tenha acontecido em determinado momento.

Roberto Vieira
Enviado por Roberto Vieira em 01/07/2020
Reeditado em 01/07/2020
Código do texto: T6993474
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.