Moral e poética

Minha moral, minha verve,

A ti serve.

Serve! Para mal dizer aquilo que você persegue.

Minha vida, meu labor,

Meu suor, quanta dor,

Por trezentos e sessenta e cinco dias ano,

Sem contrato, carteira, direitos humanos.

Tua classe me explora e diz que a moral serve ao humano.

Poeticamente é para isso que a moral serve?

Minha Lida, meu suor, como sangria é consumida,

Bebida... Degustada por suposta gente de bem,

Servida.

Sem presente, sem futuro. Qual é a moral dessa gente de classe?

Eu sei! Aquela que consome tudo.

Ora bolas, como é bom o lucro, Esteticamente está é a beleza da moral.

Eu juro! - Jura?

Acredito que tenho a verdade no bolso, no cartão, em minhas ações na Bolsa. Por mérito!

- Sei que não me diz a verdade, vive da exploração a juros.

Protesto! Li Weber e compreendi em que se baseia a ética protestante e sua moral.

É fato, o protestante vive para a rígida acumulação e conservação do patrimônio puro.

- Jura?

Juro.