DEMAGOGO

Vôos eternos, passagens, perdas e aves molhadas, no solo, no colo e no sentimento,

Seio suave, vida passiva exaustiva nadando entre as folhagens, cria perdida contente.

Suspiro diante do sim, da madrugada apertada sem sono pra dormi, viagem insana,

Vicio doído em mim, esta arte amante, falante diante de vestígios de um destino.

Compasso, tudo emanando da dor, da perda, da conquista, da suástica nazista tatuada em nus.

Cômodo, tempo moderno, forjado do fogo, surrado do mar em um tempo que a terra é pó,

Vulto, segredo guardado, um amor perdurável, sondando o percurso que te leva a doar.

Sentido sensato, adocicado do pólen a flor, oriunda do nada, da natureza destinada a ser mãe sacramentada.

Rouba-te cantando os versos, estas filas, nestes becos nojentos da frieza de ida, e a volta comprida, corrompida do apogeu, do demagogo sentado, prostrado sorrindo e sangrando, de chorar, de vomitar as tentativas do ego duro e maduro.

Gueko
Enviado por Gueko em 19/10/2007
Reeditado em 06/06/2009
Código do texto: T701411