Sorte

Sorte! Posso considerar que tenho.

Inclusive, ser forte nunca foi vitrine.

Foi no amor, daquele com palavras firmes,

Que fui descobrindo o brilho sem par que é amar o ensinar.

Lógico, minhas falhas eu posso contabilizar facilmente

Afinal, se estou aqui, a falha está ao meu lado,

Inerente divergência emocional humana.

Sorte! Mesmo falível, prefiro falar dela

Sempre me acompanhou, tem formato e nome certo

Cabelo enrolado, bigode, e um papo direto, mas certeiro que só.

É, vem no substantivo feminino uma gratidão

Adilar não é comum, tão pouco uma letra fria

Não é mera classificação gramatical,

Mas sim, puro amor incondicional.

Pai, é palavra forte, supranatural.

Eu conheço sua força e sua delicadeza,

E num mundo tão louco e tomado por sacerdotes

Tive eu, aquela tão falada sorte,

Pois vejo, dia a dia, um ser que é, sorri e ama, isso é ser forte.

Quis a vida me presentear com tal substantivo feminino

Quisera eu, num mundo perfeito e utópico,

Que todos tivessem o mínimo, o óbvio.

Sorte a minha, ter um pai que ultrapassa qualquer idioma,

Não está preso em letras ou pronúncias cafonas.

Sorte ter um pai que é pilar,

Exemplo de bem-querer em qualquer destino.

Tendo, nas mãos calejadas, o amor imensurável de um filho.

Ânderson Gonçalves Vasconcelos
Enviado por Ânderson Gonçalves Vasconcelos em 30/07/2020
Reeditado em 30/07/2020
Código do texto: T7021719
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