I only make jokes...

E assim como aquela escuridão que não saiu de mim, me forçava a não enxergar. Fechava os olhos... esperando que o silêncio preenchesse toda minha aura de dúvidas, acabando com toda dubiedade existível que alcançava até essas minhas frases.

Assim como eu bem sabia seus escapes, os meus também deixava saber. Havia tirado minhas máscaras há um ano atrás, o que vês é o que tens. Eu sabia que ele via, e tinha.

Eram os meus traços do rosto desviando, os olhos fechando, e as mãos...

Eu tentava nunca tocar, sempre que possível. Tocar seria como me render a tudo o que fugia do meu controle, seria sentir, e sentindo eu sofreria.

Fugia do toque como que do cheiro.

Notava seus olhos voltados para mim, me rendia. Desistia de tudo o que acreditava, retiro tudo o que disse até agora nessas linhas rasas. Me bloqueio, me desbloqueio, me contradigo, sempre. Dissimulo.

"Olhar significaria um movimento de curiosidade, favorável ou não, é uma fraqueza", e eu assumo minha fraqueza, por um momento, esse agora. Fim do momento.

Ele fez todas minhas vãs válvulas de escape desabarem. O escapar virou gostar e o poço de dissimulação virou poço de fraquezas... to distract myself from the truth.

Thabata Guerra
Enviado por Thabata Guerra em 22/10/2007
Reeditado em 28/10/2007
Código do texto: T705189
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