Não aceitava pela metade

Sem conseguir dar continuação, perdia totalmente o encanto, tentivas de explicar que não tinha como interromper, por perder a concentração, eram fracassadas. Incompreendida não tinha o que fazer. Esperava o momento certo, mas a novidade chegava sem esperar. Pausando, cortava a sequência que desaparecia, o que oprimia em desenrolar a atividade, as vezes perdia significados preciosos, que eram substituídos por outros contrariada. Não aceitava pela metade e continuar depois, fazia me sentir incapaz de reinventar quantas vezes fosse preciso, no embalo, sem impedimentos fluía com mais facilidade, completar o objetivo da elaboração. Esse é o desafio em compor, acontecia muito de esquecer oportunidades de relatar, e quem disse, que o cérebro lembrava da esquecida idéia. Se não anotasse não adiantava confiar, quantas vezes não deu tempo de registrar por estar ocupada em afazeres. Sendo essa a rotina de só quem dedica ao ofício inspirador de quem ainda não contou, essa parte exigente, porque a acessível está pronta para perscrutar.

Juliana Amorim Alves
Enviado por Juliana Amorim Alves em 10/09/2020
Reeditado em 08/02/2021
Código do texto: T7059576
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