Hoje,
e só por hoje...

Sou somente eu.

Ninguém longe ou perto.

E por mais distante que esteja eu
de mim mesmo
Algo acontece
mesmo que no corpo
incomodando e obrigando a algum movimento.

E nesse ritmo de descabro
enlutado
no vão entre
meus pesadadelos
aperto
a porca
ferida no meu turbilhão.

E quando tudo parece calmo
como uma praia deserta
sem ondas
sem vento
sem o riso das crianças
surge um rasgo
no ar
convidando a levantar...

Somente os mortos
em seu silêncio
descansam para sempre...