Escura

Aparte- se de mim

Os beijos que dei ñ mais darei

As palavras ditas e ouvidas serão esquecidas

Amargo é o gosto de minha saliva

Aspera se tornou a pele de maça

Minha voz é rouca e cansada

As lamentaçoes cairam em ouvidos surdos

As noites ainda escuras me enxergam perfeitamente

Meus labios mordidos por meus caninos vingam-se de mim

O sol que brilha lá fora é impedido de me visitar

As ruinas daquela casa acolheram meu corpo

E a poesia mizeravel que não deixa de brotar

Não deixa de nascer

Ressuscita nos dias proibidos

Suga-me os demonios e fartos se vão

Esmeralda V
Enviado por Esmeralda V em 22/09/2020
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