Os dedos seguem o deserto proporcionado pela falta de ideias novas. Depois os músculos das mãos, cansados, aborrecem a vontade de continuar um caminho endiabrado de luxúria sem pensar na posterior penúria.
E os braços que pedem por descanso dos abusos sem vontade, do sangue que corre sem destino certo, das muralhas acrescidas de solidão.
Por fim o corpo que ainda teima em obedecer, sem o fim mais que certo em zona de imaginação muito incerta e que poderia apenas amenizar a realidade de conquistas sem descanso, de alegria sem sentido, de alaridos sem âncoras precisas para domar a mera vontade de apenas viver.