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No fundo a gente quer acreditar que esqueceu, se agarra na esperança de dizer que tudo passou e que tudo ficou no passado. A gente acha que tudo está acentuado no fundo do coração, mas volta e meia lembra de algo e tudo se mistura novamente. E o difícil é notar que não superou absolutamente nada, e a cada novo enlace que se tem, sempre guarda no peito sentimentos que de nada são válidos e sempre tudo retorna a ser como se tivesse entrado naqueles brinquedos que tem em parquinhos, que outras crianças giram tanto, que você sente uma agonia, mas não consegue sair. É disso que falo, a saudade, o término, o não superar, começam girando aos poucos e quando vê, está tudo por um fio novamente pra você cair, porque já não aguenta mais se agarrar em algo, já nem mais tem esperanças.