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No fundo a gente quer acreditar que esqueceu, se agarra na esperança de dizer que tudo passou e que tudo ficou no passado. A gente acha que tudo está acentuado no fundo do coração, mas volta e meia lembra de algo e tudo se mistura novamente. E o difícil é notar que não superou absolutamente nada, e a cada novo enlace que se tem, sempre guarda no peito sentimentos que de nada são válidos e sempre tudo retorna a ser como se tivesse entrado naqueles brinquedos que tem em parquinhos, que outras crianças giram tanto, que você sente uma agonia, mas não consegue sair. É disso que falo, a saudade, o término, o não superar, começam girando aos poucos e quando vê, está tudo por um fio novamente pra você cair, porque já não aguenta mais se agarrar em algo, já nem mais tem esperanças.

Igor Augusto Barros
Enviado por Igor Augusto Barros em 03/10/2020
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