Melancólico
Acho absurdo essa nossa mania de viver normal. É, viver normal. Não normalmente, mas ociosamente. Esse tédio diário ao qual chamamos rotina e cumprimos como se fosse promessa.
Esse fim de tarde na varanda, o sol fazendo seu espetáculo, a brisa abraçando de leve seu rosto. E a melancolia que surge no peito, sem fundamento, sem razão, o desejo de fazer tudo diferente, a percepção de que, talvez, aquele dia ou os outros antes daquele não valeram nada, em absoluto.