O jardim do Éden.

Voltando ao Jardim do Éden, o Senhor já tinha completado a sua Obra da Criação, inclusive o homem já dominava o jardim, a paz reinava e o Senhor incumbira ao homem dar nomes aos animais, aves e plantas ao redor do jardim, e os dias corriam em harmoniosa paz e alegria, a única restrição que o Criador fizera ao homem foi de que não deveria tocar na árvore frondosa que havia no meio do jardim, proibira que tocasse e comesse do seu fruto, o restante das árvores frutíferas podiam ser apreciadas este foi o primeiro teste de fidelidade do Criador à sua criatura, inclusive disse: - "Não comas do fruto dela, pois o dia que dela comeres, certamente morrerás!" Assim, transcorriam os dias pelo Jardim do Éden, até que um belo dia veio a serpente, isto é, o inimigo de Deus, travestido de serpente, e disse a mulher: - "Vocês podem comer do fruto daquela árvore, pois, certamente não morrerás, o Senhor falou isto apenas para que não se lhes abram os olhos e tenham conhecimento igual a Ele. Assim, se deu a queda do homem, eu penso que Deus o Criador já sabia que isto aconteceria, assim, também preparou o plano de resgate da criatura, o caminho foi mais longo e penoso, posto que o homem, saiu do Paraíso e teve que caminhar entre abrolhos e cardos para gerar o pão de cada dia, teve que deparar com seus problemas todos a ser solucionado, ficou distante da luz, e seu caminhar foi delineado por tortuosos caminhos que aprofundavam mais as dificuldades e quanto mais usasse suas forças e inteligência para seguir e obter vitórias, também amargava difíceis derrotas, esqueceu o relacionamento com o divino, então é como se caminhasse sem sombra de proteção e luz, era o seu eu pessoal e voluntarioso que dominava seu destino, tem o livre arbítrio, mas em geral as escolhas são desastrosas, e com as derrotas, descobria cada vez mais a amarga face de sua natureza pecaminosa e tendenciosa a qual tinha muitas e muitas dificuldades em ter domínio, assim é o homem, não consegue dominar suas duas naturezas, a espiritual que deseja tão somente o retorno ao lar, o gozo e a plenitude da luz e amor divinos, e a sua natureza animal, que excede na força e nas paixões exacerbadas pelo impossível, proibido e oculto nas trevas que afastam cada vez mais da luz e da sabedoria, esta é a dualidade luta da alma do homem, ele sabe, embora muitas vezes parece oculta, ele sabe que tem algo que sua alma em frenesi busca, somente que esta alma busca em coisas que possam ver imediatos resultados, em coisas que parecem pela aparência da capa ser boa, ser a solução, ser o caminho, ser a salvação, ser a sua glória, o seu sucesso e glamour, muitas vezes investem muito tempo e trabalho em busca de tudo isto que acham ser o sinônimo de sucesso e felicidade, muitas vezes chegam até lá, atingem o auge e ainda assim, continuam sua frenética busca, ainda aí, não conseguiram encontrar e nem acalmar o vazio que insiste em sua alma instalar, gritar e até desejar calar, o que alma insiste em gritar, isto que ele busca está nele já, é intrínseco a ele, só que não sabe, já é ele em busca da sua identidade com o Pai, com o elo perdido no jardim do Éden, já é ele querendo este resgate, querendo voltar aos seus primórdios onde não havia este vazio, este vácuo dentro do seu coração, onde a vida era livre, leve e solta! Esta dualidade de alma e corpo físico, de espírito e animal, de etéreo e carne, o homem tem que fazer novamente o caminho de volta e o caminho de volta é a junção dos dois estados em elevado nível, ele tem que dominar a natureza carnal, tem que elevar a natureza espiritual, e para tal, necessita restaurar o que foi rompido lá no jardim do Éden, tem que voltar ao Criador única ponte de restauro das duas naturezas humanas, e a obediência é uma das metas, observar o que o Criador requer da criatura é o primeiro importante passo e também ativar essa estrada de retorno e ser obediente as leis de Deus, a sua Palavra, ao seu mandamento, reconhecer que é criatura e que depende do seu Criador, nunca foi para o homem andar sem a presença divina, e a presença divina não se manifesta no erro, no pecado, na escuridão, Deus é Amor, é Luz, e por ser tão alvo, trevas não consegue sequer olhar para a Luz! A humanidade atual caminha a passos largos para a perdição total, ela sabota os mandamentos e ordens divinas, atropela e ultrapassa limites marcados, quer satisfazer cada vez mais suas bestialidades, assim como um dia em Sodoma e Gomorra, o mundo hoje caminha a passos largos para a total destruição de todos os valores morais e éticos, a maior parte dos países acham hoje em dia, que é destruindo o núcleo da família, da identidade, da igreja, da moral, da ética é que estarão a caminho da felicidade, mas não, quando destruímos a pureza dos sentimentos, quando nos tornamos cruéis e cheios de volúpias e ignoramos a ternura, a bondade e o amor, matamos o ser de uma forma que levantam-se monstros e não seres humanos, levantam-se impiedade e imoralidade a níveis jamais visto, a bestialidade e horror passam a ser condutores de trevas e abismos gigantescos que a única forma a restar será a definitiva e completa destruição de seres tão desprezíveis e mais destrutíveis que o mais perigoso e funesto dos animais, o homem é o único animal dotado de inteligência capaz de distinguir entre o certo e o errado, porque então escolher o pior dos caminhos, o caminho funesto da aniquilação perene, porque não usar de seus dons e habilidades para o bem e para a construção de um mundo e uma vida que busca pensar e sonhar os mesmos sonhos de Deus! Deus não está e não é desatualizado NÃO! A palavra de Deus não necessita de atualização NÃO!? Quem precisa urgentemente ser reformado de cabo a rabo é o homem, a criatura se pôs, e pôs o próprio mundo à navegar por tantos e inóspitos caminhos de horror que deveria calar sua alma e olhar profundamente em todos os seus caminhos e retornar, voltar a busca incessante do seu Criador e humilhar-se, pedir perdão e retornar de seus caminhos de perdição e consertar-se de todo o mal o qual tem feito a sua vida e a vida de muitos a naufragar nas vicissitudes do mal e nas concupiscências inerentes à sua falta de sabedoria em conter suas duas naturezas, ou seja, espiritual e animal, ao dar mais luz ao seu "itserará" do que a sua "alma" afasta-se cada vez mais da Luz Eterna e coloca todo o mundo a navegar na Escuridão das Trevas.

De Vera
Enviado por De Vera em 04/11/2020
Reeditado em 17/11/2020
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