Baú

Contar o tempo é uma necessidade de existir.

Um, dois, três, muitos anos, todos corridos...

Se revisitados surpresas podem ter passado despercebidas.

Alguns passam anos no mesmo lugar, com as mesmas pessoas e com a mesma certeza de que o tempo se perpetua.

Enquanto outros são velocistas, preferem o efêmero, o móvel, o tempo todo.

Qualquer lista de dez anos atrás terá muito pouco do muito que se desejava.

Qualquer tempo revela, guarda e distancia.

Um pedaço de papel, uma foto, uma camiseta, qualquer coisa é um tempo. Alguns somem e não deixam rastros. Enquanto outros ficam gastos, puídos, mas são como troféus.

O tempo é um baú de histórias.