Monsier Verdoux e o sistema de cotas

No filme Monsier Verdoux (1947) de Charles Chaplin, o personagem diz num discurso que faz pouco antes de ser executado na guilhotina: “Se matamos uma pessoa somos assassinos. Se matamos milhões de homens, celebram-nos como heróis.”.

Parece que esse raciocínio também se aplica aos ativistas do antirracismo.

Se, numa sala de aula, a professora entregar para um aluno negro um exercício mais fácil de resolver do que o dos alunos brancos, na suposição de que ele tem menor capacidade intelectual para resolvê-lo, provavelmente ela será acusada de discriminação e racismo.

Mas o mesmo procedimento levado a escala de centenas ou milhares de “beneficiados”, através do sistema de cotas, será considerado “reparação de dívida histórica”.

Diante desse dimorfismo de raciocínio, pergunto: o que na verdade é mais importante, fazer justiça ou “ficar bem na foto?”.

Eu mesmo respondo. Não existe nenhuma justiça nesse procedimento, primeiro porque ele é a declaração oficial de que os negros são seres inferiores e outro, porque quando se concede esse “direito” aos negros, se nega a outro cidadão o direito de preencher uma vaga por mérito próprio.

O sistema de cotas é o retrato da vitória do raciocínio torto sobre a Lógica que deve orientar nossas atitudes.

Argonio de Alexandria
Enviado por Argonio de Alexandria em 24/11/2020
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