Achei que não conseguiria
Achei que não daria,
Achei que a dor me dominaria
E eu não seria capaz de seguir em frente.
Achei que minhas lágrimas fossem secar
E uma hora meu peito fosse explodir
Num rompante, em meio aos meus soluços
Achei que não haveriam mais noites tranquilas,
Que a vida não teria mais nada para me oferecer
E que o mundo nunca mais tivesse sentido.
Me vi frágil, pequena e triste
E achei que nunca mais me orgulharia de mim mesma outra vez.
Me vi implorando por afeto
Me vi como a criança birrenta gritando no supermercado.
Eu pensei que essa dor me destruiria
Que nada mais salvaria
E que estava fadada ao fim.
Noites e mais noites sem dormir,
Tentando entender uma decisão que não cabia a mim.
Queria entender o outro.
Mas não pude.
No entanto, hoje reconheço minha força
De caminhar, ainda que leve no peito um coração partido
Sei que sou forte por isso.
Porque ainda vejo beleza,
Ainda tenho esperança
Ainda acredito em mim.