O VEGANISMO À LUZ DA BÍBLIA

É aconselhável ser vegano ou vegetariano segundo a bíblia? Há pensadores que dizem que o veganismo tem apoio nas Escrituras quando nos primórdios da criação, Deus estabeleceu ao ser humano (Adão e Eva) a sua alimentação a base apenas de coisas naturais, dos frutos de toda árvore. E que o ser humano deveria voltar às suas origens, de modo que muitos das doenças que afligem a raça humana advém dessa má alimentação.

No youtube há vários canais nesse sentido (canais “veganos”) os quais pregam que o ser humano não foi feito para comer a carne de origem animal, e sim apenas a de origem vegetal, visto que o ser humano não é na sua origem um animal caçador, que não tinha a habilidade, a dentição, as garras, enfim... o aparato necessário de caça, de matar outro ser vivo, e comê-lo cru. Então restava ao homem, se alimentar de folhas, ervas e frutos.

Pois bem, fui no livro de Deus, pesquisar. O que o Criador do ser humano tem a dizer sobre isso? Posso me tornar um vegetariano ou um vegano, tão na moda, nesse dias?

A resposta que achei foi “NÃO!”

Deixe-me explicar o que eu achei nas Escrituras.

A humanidade foi divida em dois tempos, em relação a alimentação, antes éramos herbívoros e depois do dilúvio, somos herbívoros e carnívoros.

Antes do dilúvio, o homem era vegetariano, ou vegano, ou herbívoro, comia folhas e os frutos das árvores. No livro de Gênese, no capítulo dois, Deus estabeleceu claramente o tipo de alimento que o homem comeria, era da sua natureza comer aquilo, pois Deus fez brotar da terra árvores agradáveis e boa para alimento. De modo que as árvores como um todo (folhas, frutos, raízes) teriam a função de alimentar esse primeiro homem, alma vivente formada do pó da terra. E os animais também eram herbívoros, se alimentavam do reino vegetal. Foi o que Deus estabeleceu ao homem como alimento de sua natureza.

E diante disso, uma outra característica, que eu acho atrelada a essa alimentação, é que os anos de vida dessa geração pré-diluviana se estendia para além dos 100 anos, de modo que muitos deles viviam 900 anos de vida, por exemplo, Adão viveu novecentos e trinta anos, e Matusalém viveu, o que mais viveu nesse período, 969 anos.

Aí a gente vê os teólogos querendo relativizar e dá uma explicação “racional” pra essa longevidade absurda, quando se compara com o que se vê hoje. Dizem que a contagem dos anos naquela época eram diferente dos tempos depois de Cristo, e que portanto, não sabemos de que forma eles quantificavam os anos, os dias, etc.

Embora os calendários fossem diferentes do que temos, no entanto, os calendários sempre foram baseados nos 360 dias do ano. O sol fez a Terra ter os dias e as noite no mesmo espaço de tempo. Se vc lê o texto verá que há menção a dias, meses, e anos, de modo que em nenhum momento se vê a possibilidade de ler aquilo e entender de outro modo. É uma narrativa que não dá pra interpretar senão como lá está.

E o ser humano vivia durante todos esse anos de vida, comendo vegetais. Então quer dizer que o que fazia o ser humano viver muitos anos era a alimentação baseada em vegetais?

Não. O veganismo humano tem haver sim com isso, mas isso não era a causa determinante.

Veja bem,

O casal, Adão e Eva, pecaram, eles deixaram de ser como antes, mas ainda guardavam muito da essência de Deus neles, a imagem e a semelhança com Deus, nesse vaso de barro, era muito mais do que hoje somos de Deus. Por conta desse pecado no Édem, a maldade humana, crimes, depravação moral foi só crescendo.

Assim, haverá mais a frente no tempo uma nova retirada dessa imagem e semelhança de Deus, perdendo o ser humano mais da essência de Deus nele.

Surge um marco histórico em Gêneses capítulo 6, que me parece que tem tudo haver com uma mudança radical na humanidade, e com efeitos na alimentação dos humanos e com a longevidade.

Antes do dilúvio, os seres humanos tinham “um princípio divino” neles numa proporção maior que nós temos hoje. Deus quando fez o homem e a mulher, lhes fez a sua imagem e semelhança; isso quer dizer que o ser humano teria algo de superior em relação a tudo o que Ele havia criado. Tinha inteligência, liberdade para tomar decisões, capacidade de transcendência do meio físico, podendo se comunicar com Deus de forma espiritual, capacidades essas não dadas a outros seres vivos. E dentre esses atributos, estava a longevidade, gozando aqui na terra, dessa possibilidade de viver por muitos anos.

Porém, diz o texto do cap. 6, verso 3, de gênese que o Espírito de Deus não iria mais permanecer no homem como dantes era, DE MODO QUE ISSO AFETOU NA LONGEVIDADE DA RAÇA HUMANA E NA SUA FORMA DE ALIMENTAÇÃO. Por conta desse estado depravado em que estava a sociedade, Deus decidiu retirar deles, mais ainda, pela segunda vez, “parte” dessa grandeza que o ser humano nos primórdios gozava, que ainda vinha desde Adão, e com qual já tinha havido uma perda significativa na queda dele e de Eva; de modo que depois do dilúvio, o ser humano vai perdendo aos poucos essa longevidade, vai diminuindo os dias de vida, e no livro de gêneses, os personagens vão cada vez vivendo menos. Os tempos se passam, e anos depois, no livro de salmos, encontramos o dito de que o ser humano vive 70 a 80 anos, e passando disso, o resto é apenas canseira.

Depois que Deus anunciou esse rebaixamento da natureza humana, 120 dias se passaram até o dia do dilúvio. A razão desse evento, foi porque a depravação humana chegou a ponto insuportável com o surgimento dos Nefilins, uma raça hibridizada de seres humanos, com capacidades maiores do que o normal para a maldade humana... de modo que Deus, teve que exterminar essa raça, deixando apenas os seres humanos originais (a família de Noé).

No livro de Gêneses, no capítulo 6, diz que "os filhos de Deus"(expressões usadas para anjos, no caso aqui, de anjos caídos, que se tornaram demônios) possuíram as "filhas dos homens", de modo que passou haver "gigantes" na terra (um tipo de ser humano com hiper poderes, que foram tidos como grande guerreiros, homens de grande fama), que foram gerados dessa união. Assim, Deus disse que parte de seu essência iria ser retirada dessa raça humana hibridizada. Deus retiraria por completo sua imagem e semelhança. Essa espécie durou apenas 120 dias, e veio o dilúvio.

Após o dilúvio, Deus diz no cap. 9, QUE DE TODA COISA VIVA QUE SE MOVE SERÁ POR ALIMENTO DO HOMEM. Foi um acréscimo na alimentação do homem, já que o texto diz que o homem ainda continuaria se alimento da erva do campo. Deus estabeleceu agora que o homem podia comer carne de tudo que se move, animais, aves, peixes, etc. assim como vegetais.

Ora, houve com a segunda retirada de parcela da essência de Deus no homem, que ocasionou uma perda na longevidade, e não me resta dúvida de que essa perda está relacionada com essa nova forma de alimentação do ser humano.

Acredito que quando Deus retirou do homem uma segunda porção da essência divida nele, este passa a necessitar de uma alimentação animal, de aves, de peixes, e até de insetos. Houve de algum modo um enfraquecimento na estrutura não só a nível espiritual como também físico; de sorte que, a partir dali, comer outros seres vivos que se movem passa a ser não uma opção, mas uma necessidade. Deus não estabeleceria isso à toa, apenas para dizer: come aí algo gostoso, faz um churrasco com essa carne e toma com um vinho.

Não, se Deus estabeleceu isso, é porque precisamos. Talvez houve uma mudança genética em nós de modo que iríamos precisar da vitamina b12, encontrada principalmente nos alimentos de origem animal.

João Batista, diz a Bíblia, que tinha uma dieta de apenas dois alimentos, no entanto não poderia lhe faltar a proteína do gafanhoto; de modo que poderia viver só de mel (carboidrato)? Não, tinha que ter algo de um ser que se move, os gafanhotos. Que, por sinal, li na internet que já vem sendo anunciando por uma empresa israelense que os gafanhotos serão uma das formas mais nutritivas de fonte de proteínas saudável, em um futuro breve.

Jesus Cristo alimentava o povo com fome, que o seguia, não só de PÃO, mas com PEIXES, fazendo os dois milagres da multiplicação em relação à ambos.

Jesus deve ter comido de tudo, pois os religiosos do seu tempo, diziam dele que Ele era um “glutão”, comilão e beberrão. Claro que havia uma exagero nesse boato, mas de fato, o próprio cristo ao comentar o que os fariseus diziam dele, não desmentiu o fato, apenas disse que os religiosos não estavam contentes com nada, seja com João Batista que veio naquela austeridade de fé, vivendo no deserto, comendo apenas mel e gafanhotos... seja com o Cristo, que se socializava com o povo, amigos de publicanos e pecadores, comia e bebia vinho, sem se preocupar com dietas religiosas... eles também disso reclamavam.

Pelo visto Jesus gostava de comer... Mesmo depois de ressuscitado, com o corpo glorificado, não necessitando mais de alimentos, no entanto, na aldeia de Emaús, na casa de dois de seus seguidores, Ele pega um pão, parte e dá aos dois, e ele provavelmente deve ter comido também.

Logo em seguida, quando ele aparece aos onze discípulos e demais seguidores, em Jerusalém, diz Lucas no cap. 24 que depois dele aparecer de repente aos discípulos, estes ficam atemorizados, Cristo pede que eles se acalmem, diz que é ele mesmo, não é um visão fantasmagórica, e antes de realmente conversar com eles, de lembrar a eles que convinha que o Cristo morresse e ressuscitasse... antes das instruções, ele perguntou aos discípulos se tinha algo pra comer, porque estava com “fome” (não era fome, era apenas uma vontade de comer, um simples desejo). Então lhe deram peixe assado e um favo de mel. Só durante ou depois de comer que começou a conversar com eles.

Concluindo essa minha pesquisa sobre o assunto... acredito que a alimentação vegana do Jardim do Éden que se estende até o Dilúvio não é a alimentação ideal. Ela apenas é a melhor, mas nós necessitamos também da alimentação de origem animal, que depois do dilúvio foi estabelecida pelo próprio Deus à humanidade.

Mas por que eu digo que ela é a melhor? Ora, porque ela nos traz mais benefícios a saúde. Lembremos de Daniel e seus três amigos, no cap.1, diz que durante dez dias, comeram somente legumes e água, e no fim desses dias, estavam com uma melhor aparência que todos os demais.

Claro que ali foi apenas por um período de tempo e apenas com o propósito de não comer as iguarias deliciosas da Babilônia. Não estavam adotando uma estilo de vida vegetariana do que comer, mas optando por uma comida que não era consagrada aos deuses. Claro que eles já sabiam dos benefícios dos legumes, tanto que apostaram que eles iria está bem ao fim dos dez dias.

Portanto, a comida vegetariana, vegana, é a melhor, porque está na origem; essa era a nossa alimentação. Depois do Dilúvio, perdemos muito da boa genética que tínhamos, definhamos muito naquilo que tínhamos de Deus, da sua essência, em nossa estrutura de barro, necessitando também de alimentos que vem de outros seres vivos que se movem.

Ass: Marcos Paulo