ALGO A SE PENSAR... (sobre o aborto).

“Eu tenho o direito de fazer o que eu quiser com o meu corpo”... é o que alguns dizem.

Tudo bem, isso é fato em nosso sistema social, mas essas pessoas confundem seu corpo com a extensão dele... Todos nascemos com um corpo (nem sempre com o corpo desejado); temos um conjunto de órgãos (células) que formam esse corpo. Quando por algum motivo colocamos, inserimos algo nesse corpo, ele passa a fazer parte desse conjunto; mas uma observação, ele não é parte integrante desse corpo – você não nasceu com ele. Você pode ter pago por ele e assim ele é seu por direito, mas não por essência...

Você faz plástica, coloca botox, marca-passo, piercing, brinco, tatuagem, drogas como álcool e nicotina, etc... Todas essas coisas são incorporadas em você mas não nasceram com você, então não é seu corpo – acho que me fiz entender...

No caso de uma gravidez indesejada, querem o aborto dizendo terem o direito sobre seu corpo. Mas como abortar, tirar algo que está em seu corpo sendo que foi você que permitiu que tal fato acontecesse, evidente que há exceções e para tal existe lei que permite o aborto (Artigo 128 do Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940: Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide ADPF 54) Aborto necessário: I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; Aborto no caso de gravidez resultante de estupro; II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.).

Hoje na era do conhecimento rápido e informação, há várias formas de evitar chegar a esse ápice.

Sendo assim quando se diz que manda em seu corpo, mande nele antes de acontecer pois o seu corpo é seu; agora, querer retirar algo que não é seu corpo e sim outro corpo (hospedeiro) quando ele (esse corpo) não entrou em você como um intruso (caso seja isso, já tem lei), mas sim com sua autorização e prazer; isto é no mínimo ilógico.

Afinal, eu quero e depois não quero!

Esse outro corpo não é um botox, um brinco, um piercing, uma tatuagem, ou algo parecido, mas é um outro ser que como você possui células, sangue, órgãos que vão transmitir sensações físicas a esse corpo – veja que é como se você tivesse um marca-passo e o retirasse, é como estar respirando por aparelhos e o desligasse – só que quem morre nesse caso não é você, mas sim, um outro ser, um outro ser humano. Talvez fosse melhor gerar até o fim e depois dar para adoção e o governo facilitar essa adoção tendo um departamento em cada cidade (como o conselho tutelar) a fim de ajudar, dar apoio psicológico, físico, financeiro a essas mulheres; e como elas queriam o aborto, assinarem um termo onde elas se desapegam dele sem volta, é como se tivesse tido o aborto – a doação é secreta e sem volta (não tem como pedir judicialmente a restituição doou, doou...).

Talvez fosse algo a se pensar por membros políticos e pessoas que rejeitam o aborto...

P. S. Poderiam, para acabar com a discussão e possibilidade do aborto "legalmente", mudar a data de nascimento. Ex.: uma pessoa nasceu em 10/09 seu aniversário de um ano de vida (se a gestação for normal) seria em 10/12 do mesmo ano; ou seja, acrescentaria mais três meses aos nove de gestação; caso nascesse de sete meses, em 10/06 seu aniversário de um ano seria em 10/11 do mesmo ano e assim sucessivamente, tudo determinado por exames clínicos e de imagem por médicos da área.... ALGO A SE PENSAR, não acham?

PEREZ SEREZEIRO

jrpmserezeiro@gmail.com

Londrina

Perez Serezeiro
Enviado por Perez Serezeiro em 16/12/2020
Reeditado em 24/09/2023
Código do texto: T7137262
Classificação de conteúdo: seguro