Separados por gerações

Futuro é incerto, tudo o que imaginamos nada acontece, branco, nulo, obscuro. Difícil viver e não pensar nele, insistimos em condicionar, mas é inútil, não sabemos se estaremos ainda vivos, para que Deus permita transportarmos nosso corpo envelhecendo com as voltas do relógio. Chegando o fim tudo continuará aqui, estamos de passagem, mas a alma não morre iremos para outra dimensão. Este lugar é o lugar da dor, do sofrimento, do vale tudo, quantas almas?? Separados por gerações, onde estão os que não vi, não conheci? Fora os que já não se encontram entre nós, repartidos entre os que nascem e os que morrem, não conseguimos comungar também aos que foram abortados e que por algum motivo talvez não conseguiu sentir a dor, o sabor de uma lágrima, onde estão todos que pisaram este solo? Entre idas e vindas não justifica amar tanto os que nasceram em uma família? Sei que a morte sepulta. Espero que possamos perder a memória de tudo, quando for separada dessa fisionomia a alma das lembranças de ter aprendido o valor de ser um grão como tantos que também passaram por aqui em outras épocas quem sabe do nazismo, segunda guerra, ou justamente presenciou a morte de Jesus Cristo. O que importa se me ofenderam, já não faz o menor sentido com a morte, pois suponho que o que Deus sabe de nós, é que não sabemos para qual a próxima morada, anjos nos conduzirão. Só compreendi que a respeito de tudo neste mundo está relacionado com a matéria o pesar é saber que o próprio homem carnal ainda é perseguido pela maldade humana que se reveste de poder. Sem consciência, sem referência para discernimento fomos impostos aqui sem lembrança de pedir, mas sabendo que a casa de meu PAI tem muitas moradas. Contando com sua graça peço que conclua minha missão com a certeza de que aqui viemos e para os que recebem entre sonhar em ser um astro da mídia, permita dizer, pois prefiro passar despercebida mas ao contrário dos que pensam no sucesso, rezo para que quando chegar meu fim, sem mais questionamentos, almejar um lugar no infinito, onde eu sei que lá é no fundo onde todos deveriam também acreditar, mas para nascer no mundo da paz devemos primeiro conhecer a guerra interior e exterior sendo cobaias humanas a experiência mais submetida a humilhação, que se analisarmos presas ao alimento e as necessidades primitivas, de ter que construir banheiros e rede de esgoto reflexo precário da...Como disse não tenho lembrança de poder ter conhecido tal excremento.

Juliana Amorim Alves
Enviado por Juliana Amorim Alves em 30/12/2020
Reeditado em 23/06/2021
Código do texto: T7147357
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