AS 5 FAIXAS

1. Faixa Branca (Autoconhecimento);

2. Faixa Amarela (Sair da Inércia Pessoal e Notar Pontos a Serem Modificados);

3. Faixa Laranja (Partindo para Ação; Modificações Pessoais);

4. Faixa Marrom (Agindo em Prol de Terceiros; Mudando o Ambiente Familiar);

5. Faixa Preta (Expandindo os Horizontes da Mudança: Meta MUNDO);

1. Faixa Branca (Autoconhecimento):

Hodierno notam-se aspectos na sociedade de tamanha influência em nosso comportamento que acabamos por não notar esses fatores externos e simplesmente os replicamos de forma automática. O intuito deste livro é alertar você, para esta exacerbada informação que nos é enviada por meio da internet e enxurrada de informações a todo o momento (inclusive notícias sem base, como o são as “fake news”) e modifica nosso comportamento, quiçá se tornando parte de nossa rotina sem que nós percebamos.

Essas ações tóxicas acabam sendo replicadas instantaneamente assim que são acatadas como modelos padrões por pessoas influentes. A cópia e réplica destes atos são multiplicadas pelos demais e acabam se espalhando pela sociedade, muitas vezes sem nem saber qual a origem e o embasamento do tal.

Para notar este comportamento, sugiro a análise em terceira pessoa dos próprios comportamentos: com qual frequência você se encontra na rotina agindo de forma que, se não necessitasse do seu cotidiano, você abdicaria destes atos e/ou não agiria da mesma forma? Atos frívolos e simplórios, mas que fazem diferença na maneira que você se porta ou que terceiros notam e correlacionam a ti?

Como abdicar de tais atos socialmente aceitos e que lhe geram alguma segurança ao não ser refutado pelos demais, ainda que não lhe deixe tão à vontade com o que você é e por afirmar parâmetros aos quais você não é conivente, mas que – por comportamento coletivo – você os acaba replicando?

Após alguma reflexão, observa-se que alguns comportamentos, se analisados em terceira pessoa, lhe seriam abomináveis ou dignos de pena? Você continuaria repetindo tais atos de maneira instantânea sem sentir-se culpado em agir assim?

Convido-te a esta reflexão: estarias vivendo tua vida ou apenas sobrevivendo ao copiar os comportamentos que lhe foram ensinados outrora por pessoas de sua confiança (família, círculos de amigos e laços acadêmicos) e que tu os moldaste a maneira que desejavam para sobreviver à atual “selva de pedra” que chamamos de “mundo”?

Determinados tipos de comportamento são nocivos e reforçados por comportamentos coletivos, tais como busca por justiça e condenação antecipada – como ocorre nos linchamentos, por exemplo. A voz da parcela pode solapar a opinião individual e caso não nos mantenhamos alertas, podemos concordar indiretamente com tais preceitos e fazendo parte daquilo que (se fosse analisado friamente) não necessariamente concordaríamos. Absorvemos esse pertencimento ao “coletivo” graças às necessidades pré-históricas do homo-sapiens em se socializar e ser aceito por um grupo: este que reforça sua abrangência ao aumentar sua força abarcando indivíduos que possam partilhar dos mesmas ideias de causa, assim como ocorreu com movimentos totalitaristas pelo mundo – como ocorrido no nazi-facismo.

Ao visarmos aceitação social, adotamos determinados tipos de conduta para que não sejamos taxados de exóticos ou recebedores de atenção demasiada sem tanta necessidade. Historicamente o homem não gosta de se manter em foco de maneira negativa, pois isso o inibe e o deixa pouco a vontade para seguir adiante graças a reprovação coletiva dos atos individuais.

Alguns conceitos estão se rompendo e são encarados de forma mais amena pela nossa sociedade, tais como as diferenças de gênero, por exemplo. Todavia ainda há muito preconceito incutido e velado de forma sutil, como ocorrem com o feminicídio, a homofobia e o racismo, em que as taxas de violência contra este estão cada vez mais evidência nas mídias.

O convite que faço ao leitor visa à autoanálise para a busca do que e de que forma ocorrem tais lacunas que foram automaticamente preenchidas por “verdades universais” sociais. Que esta análise venha a encontrar tudo aquilo que apenas foi copiado de maneira instantânea sem que necessariamente nosso caráter tenha acatado tais atos a serem replicados.

Como notar que alguns desses vírus foram “implantados” em nosso DNA? Analise-se em terceira pessoa e faça o devido benchmarking de ti. Note quais tipos de comportamentos seus são inflacionados pelo comportamento coletivo e quais se tornam digno de reprovação.

Buscai em vosso passado situações das quais se arrepende e use a caneta do seu presente para modificar vosso futuro! Agindo assim estarás progredindo em sua jornada evolutiva para que seus atos sejam mais límpidos e serenos, além de mais inerentes aos seus pensamentos e devido modo de ser.

Não deixe que o bem habite apenas os bastidores do espetáculo da sua vida, faça com que as boas atitudes se tornem protagonistas em substituição ao mal que fizestes outrora! Nunca é tarde para se arrepender, pare de agir de maneira replicadora e seja autêntico!

Podemos assumir o leme de nossas vidas, basta que coloquemos doses mais fartas de disciplina, foco e empenho em nossos ideais. A sugestão coletiva sempre nos será imposta – de maneira explícita ou velada – e caberá a nós decidirmos se seguimos adiante com tais ideais ou se seremos fieis à nossa conduta pessoal.

Tomemos como exemplo as pessoas que nascem em locais mais abastados e lidam com a violência e exemplos torpes de maneira direta. Nas ditas “comunidades” ou “guetos”, a geração Z que tem nascido agora recebe cargas exacerbadas de exemplos ruins e de como se pode ganhar a vida (mas de maneira ilícita e ilegal). Por que seguir tais caminhos se há a certeza de consequências ruins? Como encontrar alternativas para não se tornar “mais um” nesse caminho sem volta?

Como potencializar as atitudes de maneira a construir um caminho digno em direção aos seus sonhos? Como se destacar em meio a multidão – que paulatinamente cobra mais e mais linhas no Vitae para que possa tentar conquistar um lugar ao sol?

Após essa análise profunda e, caso opte por seguir nesse treinamento comigo, convido-o a portar a dita FAIXA BRANCA com metas de ascender às demais!

2. Faixa Amarela (Sair da Inércia Pessoal e Notar Pontos a Serem Modificados);

Depois de concretizada a autoanálise, o próximo ponto a ser tangido devem ser os passos a serem dados para ocorrer à transição da inércia existencial para a movimentação pessoal em busca das mudanças necessárias. A inércia por si só nos leva aos mesmos caminhos de sempre, então como você espera atingir resultados diferentes partindo dos mesmos princípios? Planeje ações diferenciadas para alcançar objetivos diferentes.

A humanidade nos prova diuturnamente o exposto no parágrafo anterior, porém com o Iluminismo na Idade Média e com as recentes reflexões sobre as mais diversas causas, tendemos a dar passos mais coesos e coletivos em pró da benesse social nas mais diversas esferas.

Ao agrupar suas atitudes que lhes são vistas por outra perspectiva agora, após a análise sugerida no capítulo anterior, você já deve ser capaz de notar em si aqueles comportamentos que lhe ocasionam receio ou que são inflamados pelo comportamento coletivo. São esses comportamentos que planejaremos medidas para contorná-los e alcançar uma vida mais serena e pacata tanto para ti quanto para seu círculo de convívio. Como tangibilizar o que será colhido ao plantar tais sementes? Ao se partir do fato de que serão frutos diferentes do que sempre colheu, já lhe seria animador?

Após esta reflexão pessoal, sugiro que se alie à disciplina e ao tempo visando contornar suas atitudes, pois remodelar a si não é das tarefas mais fáceis. Ao tornar os hábitos benignos parte da rotina, caminha-se para um horizonte mais terno e mais virtuoso, mantendo, por exemplo, exercícios físicos, empatia no trato com o outro e atividade que suavizem a pressão rotineira exercida pela sociedade, eles se tornam bons exemplos práticos que terão como consequência tornar o cotidiano mais apetecível e menos tenebroso. Utilize mais sua audição ao invés da fala e reflita sempre antes de agir, para ponderar seus atos e o quão agressivos eles podem ser, quando se está com ira ou magoado, por exemplo.

Ao interagir com seu “yang” e o manter sob controle, você torna-se mais resoluto e consciente de suas atitudes frente aos demais. Filmes apontam tal dualidade com alguma frequência, tais como “Clube da Luta”, “Eu, eu mesmo e Irene”, “Coringa” e “Tratamento de Choque” onde os protagonistas têm facetas ásperas que vem a tona e acabam tomando atitudes diferentes de suas habituais. Estas atitudes desenfreadas são instantâneas e não são notadas de maneira explicita pelos protagonistas. A impulsividade é a forma com que essas pessoas encontraram para lidar com as mazelas que o mundo entregou a eles e é por intermédio destas respostas que eles conseguem responder ao mundo como se sentem e também o que estariam esperando do mesmo – ou seja: mais ignorância e desrespeito.

Tendemos a agir de maneira agressiva, pois as relações tornaram-se distantes e a desconfiança paira entre nós. Não mais se possui confiança nos nossos semelhantes graças às atitudes recentes realizadas pelos humanos e por quão menos tem valido uma vida em nossa sociedade. A sugestão desse capítulo é “quebrar a engrenagem” e caminhar para uma nova direção de maneira que as percepções coletivas mudem a partir da mudança pessoal exercida no âmago de cada um dos seres.

Desembainhar nossa “espada moral” sempre é a escolha mais adequada? Ou o bom combate é aquela que jamais é realizado? Defrontar e degladiar ou se esconder e se deixar levar? Como notar quais duelos devem ser combatidos e quais devem ser repelidos?

Vemos na internet, novamente, a expansão dessa “expressão social”, com os “haters”, por exemplo. Podendo utilizar de “certa imunidade”, utilizam desse artifício para em prol de argumentos depreciativos ou de puro ódio contra os demais na web. A globalização tornou as pessoas mais próximas, mas expandiu também a presença das pessoas nas redes sociais – como se esta fosse uma extensão da própria existência da pessoa.

Por quais veredas seremos levados – ou nos levaremos? Os caminhos percorridos outrora são deveras fascinantes ou apenas ilusórios? Qualquer opção diferente da atual já nos será boa o suficiente para topar a mudança de rumos e sair da inércia pessoal?

3. Faixa Laranja (Partindo para Ação; Modificações Pessoais);

Uma vez que o leitor absorveu tais mudanças e teve noção do impacto que as mesmas podem causar na sua vida e na daqueles que o cercam, é hora de partir para recuperar o leme de sua vida!

Como elaborar planos de contra-ataque para tais percepções? Fazendo benchmarking e se colocando no lugar de tal pessoa magnânima ao qual você tem se espelhado para tentar remodelar seu modus operandi.

Caso não haja tal exemplo, como fazer? Paute-se pelo que se deseja ser e/ou alcançar e trace seu caminho de modo a atingir esse padrão que você definiu. Institua metas curtas, médias e longas e se comprometa a alcançá-las. Aliada a disciplina, esse norte vislumbrado se tornará cada vez mais próximo de sua realidade!

Destaque-se de seu círculo pessoal e note quais cargas e influências você recebia anteriormente, note quais atitudes você repetia sem pensar, o quão automático você era ao refutar ou reagir de forma torpe a determinados atos... Mude suas reações utilizando como parâmetro o ideal que você deseja atingir e dando passos simples, mas que no fim de sua jornada pessoal notará o quão grandiosos foram! Lembre-se que se agirdes com opróbrio frente aos teus atos, serás decerto tomado pela cupidez e a onda crescente de ignomínia te levará a uma perfídia incessante pelas veredas da felonia.

Busque alternativas frente ao que anteriormente só haviam opções parcas, tente buscar inovadoras soluções para o que visualizava somente um horizonte, creia que há algo além do que você consegue perceber, explore as opções além do que está ao seu alcance e certamente conseguirá mudanças significativas em seu cotidiano e em seu modo de lidar com terceiros.

Quando se aborda alguém ou se pede alguma informação sobre determinado local ou endereço, experimente começar por uma saudação acompanhada de “com licença” e analise como as pessoas irão se tornar mais receptivas à sua abordagem.Pois nas mais variadas situações cotidianas e contemporâneas se observa a falta de cordialidade e gentileza no trato com o próximo, a falta do dito “amor ágape” tem assolado nossa civilização de forma tamanha que muitos ficaram descrentes da sociedade e a desconfiança no próximo passou a imperar de tal forma que não se há mais convicção ou fé em boas atitudes ou mesmo gestos de altruísmo sem que haja a necessidade de aprovação, reciprocidade ou se deseje levar vantagem de algum modo.

Esse cenário tem sido esculpido a séculos em que a troca de favores passou a imperar, visando a manutenção de poder da oligarquia e a centralização de poder em uma minoria. Todavia o panorama que se instaurou foi de uma desconfiança tremenda: qualquer pessoa que passe por ti causa motivo de receio, graças a algum malefício que ela possa te ocasionar. Como chegamos a esse parâmetro? Como haveremos de o contornar?

Mudanças pessoais devem ocorrer e a esperança deve ser fonte inesgotável em nossos brios. Comece pelo seu trato com os demais, demonstre mais singeleza de atos e torne tudo a sua volta mais fluídico e jovial. Atrele seus atos às mais variadas formas e gestos de bondade e benevolência, dê aos demais aquilo que há de melhor a ti para que o mundo volte a se nutrir de tudo que há de bom e não rumine mais todo o mal que tem sido abraçado por gerações a fio.

Aja de maneira a modificar seus atos, torne tais comportamentos os mais naturais possíveis, pois desta forma você remodelará sua rotina; com o passar do tempo notará que seus atos de amor se tornaram simples e altruísticos de modo a tornar a ti e a teu entorno um habitat mais natural e harmônico.

A falta de interação e reconhecimento com elos infrutíferos passados passará a ficar cada vez mais distante de ti uma vez que você estará colaborando com o universo para que a dita “virtu” de Maquiavel venha a cooperar mais vezes com seu destino. Na falta de bons modelos práticos a serem seguidos, seja você tal exemplo para os demais.

Como levar adiante tais ideais, ainda que não seja notada a colaboração de terceiros a priori? O bem também se expande, mas não na mesma velocidade do mal. Ao passo que o mal possui sede insaciável e sempre tenta se superar com uma nova artimanha para que mantenha seu ego inflado, o bem se regozija com pouco e acaba se disseminando para o coletivo pelo exemplo, não por imposição.

Tendo o “norte de sua bússola” apontado para o BEM, notará que mais seguidores se juntarão a ti frente a esse “resgate do bem-estar coletivo”. Como exposto no livro “O Vendedor de Sonhos” e no exemplo prático de Buda também, a mensagem da paz leva seguidores por onde quer que se passa, pois ela se dissemina em pró do bem-estar coletivo.

Como disseminar um exemplo e boas práticas? Sendo e agindo desta maneira certamente você estará aproximando tais características do mundo e das pessoas que te cercam. Uma simples mudança no modo de se expressar, por exemplo, auxiliará as mudanças de hábito e de caráter e trará, por conseguinte, outros comportamentos subsequentes à essa pequena mudança.

Ainda que seja hercúleo tal esforço, comece por ti e verá que grandes resultados o aguardam no final desse percurso. Uma qualidade de vida maior e um mundo menos sombrio não te são horizontes atrativos? Pondere suas atitudes e os resultados que deseja alcançar e se desejar prosseguir. Avancemos ao próximo capítulo (ainda que a jornada não se torne menos árdua).

4. Faixa Marrom (Agindo em Pró de Terceiros; Mudando o Ambiente Familiar):

Por acaso durante suas transformações pessoais, você notou que comportamentos cooperativos de outrora se tornaram comportamentos hostis atualmente? Esses golpes que você tem sofrido são provenientes principalmente de seu ambiente familiar, o alicerce de sua vida?

Tal cenário se assemelha a inércia de uma mesa de bilhar onde as bolas permanecem estagnadas e tudo segue imutável. Conforme haja uma iniciativa de uma tacada, estas bolas ziguezaguearão pela mesa e não mais na inércia estarão, podendo assim atingir os mais diversos e distintos objetivos.

Como contornar tamanho inconformismo e manter o plantel harmônico de suas transformações frente aos que intuitivamente lhe apoiavam por você agir de maneira colaborativa com o que era “esperado” de ti na sociedade?

Ao optar por seguir caminho distinto, nadará contra a corrente similar ao feito pelos peixes na pororoca – onde buscam nadar contra a correnteza para desovar sua cria e manter sua espécie. Mas e quanto aos que se habituaram ao seu “nado de acordo com a correnteza”, como hão de responder frente às mudanças no seu modo de ser?

Aja embasado naquilo que Bruce Lee cita em entrevista sobre sua trajetória: seja como a água e adapte-se ao que a vida vir a oferecer a você. Ainda que a peleja seja grandiosa, os resultados serão ainda maiores basta que você creia em seus propósitos e não desista de sua batalha. Muna-se daquilo que você conseguiu através de seus passos e siga adiante sem jamais se esquecer de suas origens!

Tente manter-se focado e crie uma “fortaleza mental” para que você consiga passar pelos mais distintos desafios com o mínimo de dano possível – ou que possa apaziguar os maiores embates de sua vida. Por que não focar na lua para que você possa atingir uma estrela?

Aonde se deseja chegar e o que se deseja alcançar? Depois de modificada sua trajetória pessoal, quais caminhos você deseja enveredar para seus entes próximos? Como auxiliá-los a vencerem seus piores inimigos pessoais – eles próprios?

Ao atrelar toda sua bagagem e blindagem emocional nesse embate, com todos que passam a notar seu comportamento peculiar e não mais plenamente aceito, você mostrará uma nova perspectiva aos tais. Poderá fazer com que, a exemplo do que ocorria com você outrora, eles notem que não há somente uma direção a ser seguida e talvez optem por seguir a própria jornada pessoal. Lembre-se que para os atos bondosos, o menor deles se torna grandioso para quem você vier a acudir, porém para quem opta por atos maléficos jamais estará saciado porque o muito sempre será pouco graças ao apetite voraz insaciável e ganancioso que nunca será plenamente atingido.

5. Faixa Preta (Expandindo os Horizontes da Mudança: Meta MUNDO);

Agora que sua jornada se tornou longínqua e que seus passos já estão mais solidificados e conscientes, convido você a desbravar novos horizontes e ampliar seu grau de atuação para ser mentor dos que seguem caminhos torpes e dão passos frios ou errôneos na vida.

Ampliar esse leque de atuação pode parecer uma ideia absurda e tremendamente assustadora a princípio, mas se você conseguiu implementar esse “modus operandi” em você, o que impede de tentar auxiliar os demais sem professar moldes mas com seu modelo de vida?

A humanidade possui alguns exemplos para se espelhar e até mesmo os quadrinhos com seus super-heróis nos inspiram a atitudes altruísticas, atitudes essas que raramente tem sido postas em prática hoje em dia graças a um ponto ímpar de falta de colaboração que a humanidade tem caminhado a passos largos para concretizar – como ocorreu recentemente quando um famoso jornalista faleceu em um acidente de helicóptero e muitos se preocuparam em apenas filmar a ocorrência enquanto uma senhorita se propôs a auxiliar o caminhoneiro que estava preso nas ferragens. Mas ao oferecer alternativas para quem se sinta desamparado ou sem opções, você colaborará com um mundo melhor e com a propagação do bem. As consequências de tais atos seus ecoarão não só sobre os seus semelhantes, mas nas gerações futuras que poderão ter interações mais harmônicas e pacíficas.

Após alicerçar sua mente e construir a fortaleza mental própria, o passo a ser dado adiante se torna extremamente difícil caso não haja equilíbrio pessoal pois pode cair nos comportamentos equivocados de terceiros e acabar por esvair todo caminho trilhado até agora, então atente-se ao barco que você há de ingressar e se lhe há firmeza o suficiente para isso.

Como notar aqueles que seguem desamparados, cabisbaixos e entristecidos que estão ao seu redor? Basta enxergar com os olhos que “O Pequeno Príncipe” te sugere, note com o coração o que lhe é invisível aos olhos... Conforme se enxerga além do que a pessoa apresenta a ti, sua sensibilidade aguçada fará com que você venha a se portar similar a uma coruja – que não fala, mas presta atenção – e se atine para as reais necessidades de seu próximo. Tal “tato” possibilitará a ti ajudar seu semelhante de uma forma mais abrangente e diferenciada, pois terá notado àquilo que não foi expresso por palavras, mas falado pelo coração.

A dita “empatia” tem entrado em extinção de uns tempos pra cá. Ainda que a pandemia do coronavírus tenha nos assolado, ela trouxe a tona tudo que estava entranhado nas pessoas – e isso não abrange somente as coisas boas. Entretanto, o coração também pede passagem e tenta dar seus traços e passos num mundo onde o egoísmo outrora imperava e a maioria muito pouco com os outros se preocupava.

Utilizando tal dinamismo a nosso favor e analisando o cotidiano com olhos mais límpidos, tendemos a fazer análises mais profundas sem que uma palavra seja dita e nem gotas de sangue precisem ser derramadas. Que nos esforcemos para tentar enxergar no que o cotidiano agoniza e não colaborar para que ele sofra mais.

Observe atentamente ao seu redor...