Responsabilidade afetiva

O que seria aquele amor que tanto sinto? Que coloco na cabeça, fico dias, meses com a pessoa na minha cabeça. Às vezes vira obsessão. Isso não é saudável, muito menos bonito. Assusta. Eu antes ficava com a pessoa na minha cabeça e ficava comigo mesma toda besta, achando uma graça, ouvindo músicas românticas e lembrando da pessoa.

Mas, depois de um tempo, em todas às vezes - absolutamente todas, depois de um tempo a pessoa vai perdendo o encanto. E é essa mesma palavra que posso descrever esse sentimento: ENCANTO

Preciso tomar cuidado com o que sinto. Muitas e muitas vezes uma pessoa na minha cabeça, não sai de jeito nenhum. Toma conta dos meus pensamentos, por mais que eu tenha coisas a fazer, trabalhe e tente manter a mente ocupada, a pessoa sempre tem um espaço nesses pensamentos.

Mas, o que ocorre (e ocorreu) praticamente todas às vezes, sendo correspondida ou não é o DESENCANTO. Isso mesmo, a pessoa “perde a graça”, eu fico pensando sozinha e imaginando: “Como é possível? O que passou pela minha cabeça, de ter deixado a chegar a tal ponto, tal exagero?

Mas, não é algo que posso simplesmente deixar para lá. Tem o “pequeno detalhe” que muda tudo: quando a pessoa retribui esse sentimento. Quando tomo coragem, falo para a pessoa, me declaro como a pessoa mais apaixonada do mundo e tenho reciprocidade. Mas, dentro dessa reciprocidade, depois de um tempo descubro o sentimento de apenas encanto e não amor. E agora? Aonde que fica a responsabilidade afetiva?

Uma breve reflexão de que não podemos apenas cobrar dos outros, mas sim de nós. Precisamos tomar cuidado para não deixar as pessoas nos machucar ao mesmo tempo que temos que não machucar.

Jessica Rocha
Enviado por Jessica Rocha em 08/02/2021
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