UMA REFLEXÃO SOBRE O MUNDO






 
      O mundo pode ser interpretado como um grande teatro de aparências. Observem que os atores passam, os palcos mudam, mas os enredos continuam girando em torno de três pilares que se complementam: 1) a concentração abusiva de renda e de vários outros recursos nas mãos de uma minoria, que sobrevive à custa da miséria de bilhões de pessoas, em vários lugares; 2) a supervalorização de conceitos como poder, imagem, fama, status, e luxúria a qualquer custo, entre outros; 3) a reprodução de antigos preconceitos, sob novas roupagens e tecnologias, num ciclo de injustiças que se perpetuam sem limites, seja de tempo ou de espaço. E por mais que nos esforcemos, nada é valorizado; de outro lado, tudo é exigido.


   Soma-se a isso constantes abusos de autoridade, interligados por erros de vários lados, onde a população constantemente sofre nas mãos de bandidos na rua e de policiais criminosos e covardes, que agridem as pessoas e distorcem fatos, muitas vezes com a conivência de instituições ultrapassadas e parciais. Diante disso, em quem poderemos confiar? O cidadão comum neste país sente-se completamente desamparado, sem acesso a serviços básicos com o mínimo de qualidade, seja na área da saúde, educação, segurança e transporte, entre outros setores, mas pagando alta carga tributária e sendo agredido por todos os lados. 

    Em síntese, esse teatro tragicômico, para os pouquíssimos abastados, parece um parque de diversões. Para outros, mais otimistas, pode ser até uma escola, mas que cansa à exaustão, pelos excessivos testes de iniquidade, desproporção e maldade, que ensejam aprendizados, mas à custa de muita injustiça e sofrimento. Talvez tenhamos que ser "santos", tavez, olhando pelo lado positivo, para ao menos sobrevivermos com um pouco de saúde.