Dialética platonista

Antes que termine a noite, levantava no crepúsculo para ouvir as vozes que nítidas pelo silêncio, pois o dia era barulho demais para escutar. Olhava como através de um espelho a distância não me impedia, observadores questionavam meus requisitos, os céticos jamais poderiam entender. Podia visualizar o brilho intenso do galho de uma figueira, ela já não era seca, pareciam um galho prenúncio de um novo tempo, eram luzes, não mais figueiras. Colhia só nesta hora, pois os que dormiam, não oferecia seus sacrifícios no alvorecer, manifestação não erudita. Anulada a menor possibilidade em ler, para não duvidar das vozes que me ajudam na missão de escrever. No mais não me apoio em ler pensamentos humanos, mas sem nenhum tipo de curiosidade alheia, não leio porque não quero, é para não me assemelhar a ninguém. É dom exclusivo, não é ser melhor do que ninguém, são respostas, reflexões prontas para ajudar a quem se defender de textos evasivos que a esmo não convencem, sendo esta uma dialética platonista.

Juliana Amorim Alves
Enviado por Juliana Amorim Alves em 24/02/2021
Reeditado em 23/06/2021
Código do texto: T7191779
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