A chave e fechadura.

Se você tem uma questão e nenhuma das suas respostas resolve o X dessa questão, talvez seja a hora de perceber que elas não servem e aceitar que outras pessoas podem ter a resposta de que você precisa.

Pense no seguinte: Um homem chega à sua casa e ao tentar abrir a porta, por alguma razão a chave entorta. Ele percebe que vai quebrar a chave e retira da fechadura. Olha para a chave e pensa: "Se eu tentar mais uma vez quem sabe dá certo."

Nisso, vai passando alguém e vendo-o ali com a chave na mão, pergunta: "Vizinho, por que você está aí fora?"

Ele, então, explica o que aconteceu e ouve como sugestão: "Se eu fosse você, não enfiava essa chave aí, não. Vai que quebre dentro da fechadura. Espere sua esposa chegar e usar a dela"

O homem responde que não, que se tiver cuidado, consegue, pois já fez isso em outra fechadura e deu certo.

Ele, pois, volta e ao tentar abrir a porta e chave se quebra dentro da fechadura.

Passando por ali, um conhecido faz a mesma pergunta que outro fizera, e ele explica novamente o que aconteceu, enquanto procura um ímã e um grampo na bolsa.

O conhecido vendo que ele achou o que procurava, sugere: "Se eu fosse você não faria isso, porque esse grampo vai enganchar com o pedaço da chave e o ímã não vai conseguir "puxar" pra fora.

Novamente, o homem responde, já meio estressado com tanta opinião, que ele já fez isso em outra ocasião e funcionou.

O conhecido se despede e ele fica lá tentando, até que acontece o avisado.

Ele não conseguiu abrir, porque nenhuma daquelas respostas velhas poderiam responder aquela questão nova. Às vezes, a pessoa pensa que por conhecer muito sobre determinado assunto, ela já saiba tudo. As questões podem ser parecidas entre si, mas qualquer detalhe pode ser tão importante quanto o valor de uma vírgula, que não se despreza por ser tão pequena.

Mas, voltando à situação daquele homem, enquanto isso, sua esposa chega, mas não tem como abrir, só resta chamar o chaveiro.

O chaveiro chega e ele explica o que aconteceu.

Resultado, nenhuma das suas justificativas anulou as respostas erradas que ele deu para a questão da fechadura e da chave.

Ele precisou, por fim, aceitar a resposta que o chaveiro tinha para ele, uma resposta mais cara, mas única possível àquela altura.

Concluindo, a humildade é traço da sabedoria que nos leva a aceitar que não temos todas as respostas e que precisamos receber ajuda uns dos outros, meditar nos conselhos ver se devemos aceitá-los ou não, porque nem todos que nos apontam caminhos são meros palpiteiros. Desse modo, poupamos tempo, dinheiro, nervos e outras consequências.