A vida é efêmera.

Inspiramos e a expelimos sem medo, como se fosse algo que se passa sem ser notada a cada fração de segundo, e só é percebida quando chegamos bem próximo da beirada do precipício.

E ali, prostrados diante do iminente fim, cerramos os olhos, inalamos profundamente cada imperceptível gota de ar que vai vagarosamente preenchendo as partes que faltam dentro de nós, e vai embora, sem ser notada.

E aí, de súbito, percebemos que: ou estamos sendo tolos ou precisamos urgentemente encontrar um caminho que faça sentido. Tomar atitudes que façam sentido. Inclusive por outras pessoas.

Efêmera. E se brincar, dura menos que um piscar de olhos.

E ela transforma o amor em algo transitório, não podia ser diferente, e é exatamente o agora que importa, porque o futuro existe em um lugar apenas utópico, portanto precisamos descobrir formas de dizer que amamos, de abraçar apertado (mesmo que sejam abraços virtuais nesta pandemia).

Talvez dar oportunidades de pessoas que não conseguem se expressar tão bem ter gatilhos que facilitem dizer um – mesmo que tímido – euteamo.

É isso, somos todos protagonistas e, involuntariamente, precisamos abrir espaço para o protagonismo de outras pessoas também.

Não sabemos como será amanhã, nem depois de amanhã, mas que a esperança não se perca e desapareça no limite das pulsações do coração de cada um e, que, pelo contrário, se torne ainda mais transparente.

O que faremos com cada amanhecer?
Hilton Luzz
Enviado por Hilton Luzz em 23/03/2021
Reeditado em 23/03/2021
Código do texto: T7213638
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