Onde assino?

para ter contigo

nada posso ter comigo

Terei que morrer em mim.

onde assino?

Faminto por Ti. Uma fome sincera e paradoxal, pois há também sempre os gritos dos famintos pelo mundo vivendo em minhas memórias.

Antes de abandonar o degrau, alço para o Seu degrau, disposto a quebrar-me ao meio.

Iludi-me, esperando que a parte baixa cedesse. Mas nunca cederá.

Espedaço-me. Uma, duas, mil vezes até aceitar não ter razão. Aceitar não ansiar pelo vil prazer.

No contemplar das montanhas verdejantes, pulsa um coração enamorado por um belo que não é desse mundo.

Por esse belo aceito morrer e espedaçar-me mil vezes.

Atma Jordao
Enviado por Atma Jordao em 23/03/2021
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