Marcas

Ninguém jamais vai entender que a mente as vezes passa por uma tempestade de pensamentos ruins, vindo de experiências ruins. Marcas que ficaram na alma e que doem mais que uma facada. Ninguém jamais vai entender a mudança que acontece numa mente onde todos os dias é um desafio pra sorrir porque o sorriso é só um disfarce pra contentar os normais que não sofrem a angústia de viver sem saída. Ninguém jamais vai entender que o vazio quando toma conta, destrói sonhos, derruba a autoestima, congela os sentimentos como se o sangue fosse feito de gelo, e o medo da incerteza no amanhã, trás consigo a ansiedade que é irmã da tristeza. Uma forma da mente dizer que está doente. Um grito de socorro que é mais barulhento que mil carros de som, mas que só eu escuto. E qual a finalidade desse sofrimento? Um mistério que jamais iremos descobrir. Nós resta fingir que vivemos. Entre subidas e descidas da mente, numa estrada que pode ter uma ponte quebrada logo a frente.