Amor e liberdade

Há mentiras na vida que os séculos perpetuam, as pessoas acreditam e fim. Todo dia, crimes acontecem pela mesma causa: confundem amor com posse. Na vida ninguém pertence a ninguém, por mais que amem, por mais que se queiram, por mais que se dêem.

Tudo é em vão, vai pelo ralo, e não há sexo que segure, quando tudo se esvai, quando se estanca a liberdade de ir e vir, quando a coisa trava, quando não há entendimento, compreensão, convivência. Não há amor que resista a opressão, não há tesão que se sustente, quando há obrigação.

Não se prendem mais as pessoas pelos pés, grilhões, não se amarram mais as pessoas pelos laços sociais, não há mais isso. Há que ter liberdade para ter amor. Se for tranca é prisão. Se houver ameaça não tem graça. O século é outro, não há mais tempo pra mágoa, vingança, ódio.

Fica o toque, na letra do rock “Independente Futebol Clube”, do grupo Ultraje a Rigor, que, com fina ironia, diz tudo e mais um pouco sobre a questão:

"Eu não sou seu

Eu não sou de ninguém

Você não é minha

Eu não tenho ninguém

Nós somos livre

Independente futebol clube

Você não manda em mim

Eu não mando em você

Eu só faço o que eu quero

Você só faz o que quer

Nós somos livres

Independente futebol clube

Se a gente tá assim

Comendo capim

É porque a gente quer

E se não quiser

Nós somos livres"

(Independente Futebol Clube, autoria: grupo Ultraje a Rigor)