É chegado a hora
Sem selecionar começo a escrever o que manda a alma
Palavras confusas sem pontos ou virgulas que falam de amor
Textos inesperados vindo do sussurrar da alma e sua inquietude
Letras que voltam ao passado , param no presente sem trilhar o futuro
Sequestro canções a fim de me ninar
Olho para o céu e nem mais consigo pensar
Me invade uma nostalgia
Me invade uma sensação de que morri a um certo tempo
Me invade angustiada as lágrimas
A noite começa a esfriar e ainda olhando para o céu
Nem acredito no que um dia me disseram sobre as estrelas e astros
Nem acredito na importância de tudo
Nem acredito na presença do nada
Os animais noturnos entram em minha mente
Com seus sons vivos
Com um vigor solitário e gritante
Diluindo meus desejos e sufocando a fé que tenho no porvir
Nada consegue ser maior que o som que sai de mim
Esse mudo que o mundo jamais ira conseguir ouvir
Esse som o qual ecoa pelas ruas do medo
Esse som repetitivo e necessário para que eu continue
Daqui da cidade alta ouço sinos
E o relógio prestes a badalar meia noite
Diz que é chegado a hora.