APRENDI QUE...

APRENDI QUE...

Aprendi que a pessoa mais leviana também sangra na alma

quando a solidão deita com ela na cama; instante em que eu busco prezar pela empatia.

Aprendi que os dramas humanos para muitos passam natural e indiferentemente, a mim; ainda me causam tristeza, estranheza, surpresa.

Aprendi que o amor que alguns dizem sentir é como castelo na areia. Sentimento efêmero... ah! O amor que eu sinto é puro, é um pulo no inconsciente, é desde ontem, até o sempre.

Aprendi que a insegurança é tanta que até os que seriam para garantir a vida, a segurança; acabam matando as crianças e eu acabo ficando louca, me desarmando, sem querer acreditar.

Aprendi que a esperança é emblemática, que a indolência é óbvia mas não é exata, pois que ela ainda se arbitra o direito de fazer poesia.

Aprendi que dentro da angústia, das dores, dos silêncios, das noites vazias, se não houver a morte, de fato, o mundo ainda gira, o dia nasce inexorável, a poesia entra na roda viva, e quando servida, quer ser lida.

Aprendi que há muitos vivendo por viver, olhando sem ver, ouvindo sem escutar, morrendo sem ter vivido o mínimo necessário para ser feliz e que é muito bom ouvir melhor o som dos cristais de chuva ao caírem sob o chão, ao baterem nos vidros das janelas.

Aprendi que a vida é bela sim, apesar de tantas tristezas, dores e amarguras... aprendi a superá-las, aprendi a ser feliz com pouco. Estou cada dia mais esvaziando as minhas bagagens.

Quero chegar lá leve e em paz!

Madalena de Jesus

Maria Madalena de Jesus Gomes
Enviado por Maria Madalena de Jesus Gomes em 10/06/2021
Reeditado em 10/06/2021
Código do texto: T7275859
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