INTUIÇÃO O CAMINHO PARA A LUZ

Temos uma perfeita noção do funcionamento das três turbinas que geram a energia conjugada, que em perfeito sincronismo, sustentam os nossos pensamentos, as nossas atitudes e também as nossas ações, sejam nas nossas abstrações cognitivas, ou na sua concretização, no âmbito da racionalidade. Aí estão o nosso cérebro, no comando, e elaborando as determinações; o nosso coração e os nossos pulmões, gerando a energia proporcional e conjugada, para que as determinações sejam cumpridas, e através do nosso mecanismo físico-muscular, se concretizem essas determinações produzidas pelo comandante.

Mas, a nossa intuição de onde vem? Sabemos da sua existência, ocasionalmente sentimos a sua presença, fornecendo-nos informações ou conhecimentos inalcançáveis pelo mecanismo da nossa racionalidade, descrito no parágrafo inicial.

Podemos, então, concluir que existem dois canais por onde se escoam todos os nossos conhecimentos, produzidos na nossa racionalidade e na nossa espiritualidade, onde em ambos os canais, o seu desenvolvimento obedece compulsoriamente à evolução, que está inserida intrinsecamente, subjacente ao mais absoluto determinismo, na Geração Cósmica do Terceiro Princípio, como perceberam, intuitivamente, o Teósofo Jacob Boehme, o Cientista Albert Einstein, e os Filósofos Baruch de Espinoza e Zenão de Eléia.

Em Hebreus 8:11 está escrito (Todos Me conhecerão), em Jeremias 23:20 está escrito que (Nos últimos dias entendereis isso claramente), e em Isaías 42:9 está escrito (Novas coisas Eu vos anuncio, e antes que sucedam, Eu vos farei ouvi-las), o que significa que a nossa intuição será extremamente ampliada, permitindo-nos a maior e proporcional ampliação também da nossa compreensão e dos nossos conhecimentos. Essa evolução, que é progressiva, e que vai se evidenciando paulatinamente, assim como progressiva é também a capacidade de expressar mais nitidamente o seu conteúdo, se mostra a partir de (490 a.C.- 430 a.C.) em Zenão de Eléia; em (1575 – 1624) por intermédio de Jacob Boehme; em (1632 – 1677) através de Baruch de Espinoza; em (1879 – 1955) por meio de Albert Einstein, nestes de forma mais profunda, e em outros, como C. S. Lewis. Pierre T. de Chardin, Huberto Rohden, Francis S. Collins, nem com tanta profundidade, mas todas importantes para a expansão da espiritualidade, talvez como complementos evolutivos nos tempos mais atuais, como acréscimos aos conhecimentos anteriores, e tudo acrescentado aos conhecimentos dos Profetas primitivos, instituindo um amplo encadeamento, perceptível aos últimos contemplados pela intuição, que serão então os primeiros a percebê-los na sua integralidade.

Para a confirmação perante os céticos, Albert Einstein assim se expressou, revelando o seu pensamento sobre Deus e sobre a sua própria crença: “Não existe nenhum caminho lógico para a descoberta das leis do universo – o único caminho é a intuição. A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia. Acredito no Deus de Espinoza, que se revela por Si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa pelo destino e pelas ações dos homens. Minha religiosidade consiste em uma humilde admiração pelo espírito infinitamente superior que se revela no pouco que nós, com nossa fraca e transitória compreensão, podemos entender da realidade”.

Os cientistas também não acreditam nessa mesma intuição, quando o mesmo Einstein diz: “Tudo está determinado, o começo e o fim, por forças sobre as quais não temos controle. É determinado para um inseto, e para uma estrela, seres humanos, verduras ou poeira cósmica... Todos nós dançamos uma música misteriosa, tocada à distância por um músico invisível”, cujas palavras, ele disse numa entrevista publicada em 26 de outubro de 1929 pelo semanal americano The Saturday Evening Post. É evidente que Einstein sabia muito bem porque chegara a tais conclusões sobre a intuição e sobre o absoluto determinismo, como está explícito em suas conclusões, pois os seus próprios conhecimentos científicos provieram, todos eles, determinados pela sua intuição, não havendo como duvidar.

Retornando a Hebreus 8:11, Jeremias 23:20 e Isaías 42:9, talvez possamos compreender que já nos encontramos na etapa evolutiva da expressão (nos últimos dias entendereis isso claramente), razão pela qual, recomendamos a leitura, e o exame meticuloso, dos textos (Dez Breves Lições da Theosophia) e (Nove Pedras no Caminho), que complementam as intuições anteriores, expressas pelos supra citados, em obediência à predeterminada evolução.

A intuição não é propriedade da razão, e os conhecimentos obtidos por esse canal, são totalmente independentes da vontade racional, mas os seus detonadores, representados pelos insights espirituais, estão no interesse que aciona as pesquisas, associado à capacidade de elaborar conjecturas, produzidas pelas introspecções da mente, que se abstrai do mundo racional, desvincula-se dos estereótipos e até das próprias convicções enferrujadas pelo decurso do tempo, abrindo os portais da mente, para examinar, sem preconceitos, as novidades que se lhes apresentam. No Universo inteiro não existe o repouso absoluto, pois tudo está em perpétuo e infinito movimento, onde se inclui a evolução, e quem não consegue evoluir, continua em movimento, mas patinando na esteira, sem sair do lugar. Evolução estagnada.

No capítulo 2:14,15 da primeira carta de Paulo aos coríntios, está escrito: (O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são absurdas, e não pode entendê-las, porque se compreendem espiritualmente. Mas aquele que é espiritual compreende todas as coisas, ao passo que ele mesmo não é compreendido por ninguém).

Ficamos na expectativa de que surjam muitas exceções ao que Paulo escreveu, no tocante à aceitação das coisas espirituais, e à sua compreensão, confiante na evolução. que se desenvolveu em quase dois mil anos após a sua morte. Ou será que continua tudo igual?!

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 20/06/2021
Código do texto: T7283175
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