UM CAFÉ PARA NÓS DOIS

Eu e Emanuele, dois amantes que se querem muito e que vêem no futuro uma forma mais brilhante de viver a vida.

Ainda somos jovens, temos muito tempo pela frente, adoramos essa fase que passamos estudando na mesma faculdade.

Íamos a cinemas, clubes, barzinhos, tínhamos uma preferência quase igual, quase tudo que eu gostava ela também gostava.

Paramos numa lanchonete para tomarmos um cafezinho, coisa que sempre fazíamos quando largávamos do trabalho, ela do dela e eu do meu, isso antes de seguirmos para a faculdade.

A conversa fluía naturalmente, nos abraçávamos com carinho, os assuntos triviais estavam sempre em pauta. O café era a nossa marca registrada.

Findou o ano, encerramos mais uma etapa dos estudos, tivemos alguns dias de descanso e eu precisei viajar a serviço.

Voltei quase uma semana depois, nem rompi o ano em casa, a empresa me ofereceu uma boa vantagem financeira para tratar de assunto do seu interesse, afinal era minha obrigação.

Procurei Emanuele imediatamente, a saudade era grande, tive então uma triste surpresa, o que fez meu coração bater forte. Ela havia sumido.

Comentários maldosos diziam que ela estava com outro, mas não acreditei, ela era tão meiga, tão agradável. Mas o pior foi não poder localizar seu paradeiro, ninguém me informava, nem a faculdade.

Inconformado, sem ânimo, fui consolado por Clébia, que mostrou interesse por mim, mas eu estava tão abalado que não conseguia me conectar com ela.

Soube, dias depois, por outras bocas, que Emanuele havia deixado um bilhete para mim através de Clébia, mas ela negou e continuou me assediando.

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Se você leu O CAFÉ ESFRIOU, trata-se da mesma pessoa.

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 21/06/2021
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