Diário

Eu odeio o fato de ter fases tão díspares.

Eu tenho momentos intensos de euforia e obsessão.

A minha mente não consegue ficar estagnada, eu não reduzo a velocidade nem por um minuto

O mundo lá fora parece lento e a minha cabeça parece que corre a mil.

Eu vou levando esse estado até as últimas consequências.

Eu empurro o meu corpo e emocional até chegar ao cúmulo da exaustão.

E aí quando chego nesse ponto eu despenco.

Mas começo a dar sinais.

Começo a não dormir com facilidade.

As coisas começam a se perder.

Eu começo a ter dificuldade de me concentrar

Desorganizo tudo, até que começo a ter comportamentos estranhos com algumas pessoas.

É quando os comportamentos autodestrutivos começam.

Eu começo a inflamar minhas relações, seja vendo culpa e problemas onde não tem.

Seja criando discussões ou momentos desnecessários.

Nessa parte eu percebo que estou caindo

E acho que de alguma forma faço isso pra que notem

- Oi! Preciso de ajuda! Eu não estou conseguindo!

Mas eu não consigo dizer isso e esse comportamento só afasta as pessoas.

Eu me recuo, e recuo

Começo a querer ficar isolado

O peito começa a doer e eu passo a me esconder e evitar contato.

O final é quando a comida fica sem gosto, o dia fica cinza, e eu não consigo me mexer nem praquilo que não posso faltar.

Eu então vivo o sentimento que me esmurra na cama alguns dias.

Depois acordo um dia tranquilo

Um raro e ameno dia tranquilo.

São alguns pouquíssimos, dias de paz, de coisas serenas.

Até algo estimular meu interesse ao máximo e eu não conseguir parar de pensar com aquilo.

A euforia volta e eu volto a repetir o ciclo

Lucas Viana
Enviado por Lucas Viana em 21/08/2021
Código do texto: T7325201
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