Vergonha e amorosidade

A vergonha se expressa em função do complexo de inferioridade. Existe um déficit universal de auto amor, que gera um vazio interior (a "matéria" da interioridade é o amor). Essa auto-rejeição alimenta um mal-estar de se crer e se sentir inferior, de tal modo que a vergonha é o fechamento para se proteger do possível aval vindo dos outros da inferioridade que já é cultivada em si mesmo.

Diferentemente, a vivência do amor alimenta a confiança. Não a confiança narcísica. Mas a percepção de uma luz interior que impulsiona a abertura para o outro e para a vida. Ocorrendo a fluência de uma alegria conectada na fonte genuína de realização, isto é, a amorosidade plenificante e, por isso, não mendicante da aprovação exterior.