“ QUANDO “

“ QUANDO “

De quando em vez paro não o tempo mas

este instante a quem desde o raiar desta

intensa luz chamam de eu a quem refiro-

me a denominar de mim tratando a a

meu respeito

Atemporal mesmo debaixo de torrenciais

águas a que a vida qual cascata se põe a

desaguar sobre as matas das quais

sorrateiramente furtam pelos sutis solares

raios entregando-lhe em suas curvas

nuvens ventos bravios verticais

rios em livre queda a rescaldar

Não como se estas lágrimas fossem ou suor

a desprender-se livremente em gotas a

esvairem-se afora poros incapazes de conter-

lhe o fluir ante a tais ensolarados raios vendo-

os soltos a evadir deste corpo

Não mesmo por incontido ser também junto ao

hídrico também o tempo que me recebeu e

vera partir ainda que em meus ora vejam meus

planos não esteja inexistir

Pois bem sei não meu ser este tempo que insisto

em resistir desejando-lhe parar afim de muito

mais que restringir seu cronos esmiuçar seu

tônus embevecido de mim

Sei o quanto deste aqui meu eu proponho e intento

mais que o melhor que há proposto neste alguém

eu de quem posse não tenho tempo me entregue

seja e seda da vida uns poucos fios mais para que

bem lhes faça

Dê-me peço vida a que me entregue mesmo não

sendo meu flua ainda que não me pertença e

liberte-os do que sobre seus ombros pousa sem

ter em minhas mãos de seus grilhões as chaves

que em suas mãos estão

Apenas dizer-lhes que libertos são pois não se

pode tirar de seus olhos o horizonte que lhes

levará a fonte desta sede de si e o caminho a

conduzir para o encontro consigo seu melhor

amigo e amante descance por

enfim se conhecer

Quando isto seja este quando agora em vida

de modo algum em memória lido por quem

se propuser a suas páginas avidamente

folhear por entender sobre seus passos

se tratar em busca de sua paz

Luz sim perante os olhos há Paz sim há que

haver ante aos olhos onde pousam após por

este a vida contemplar e em seu seio sua

mente seu mundo em si guardar

Incansavelmente busque em ti os elementos

com os quais construirás tua paz pois se a

este eu conheço ao teu eu terei em te encanto

em te apresentar e te ouvir dizer prazer

em me conhecer

Haja paz

Tito Trugilho, 21 de setembro de 2021.

“ QUANDO “