Desmielizante atordoante

A minha cabeça dói. Sinto fortes dores nas têmporas, como se fosse uma prensa que impresasse meu cérebro e trincasse meus ossos.

Mas não somente, não que eu queira preocupar vocês, mas: (além de vocês não poderem fazer nada) não gosto de alguns métodos preventivos.

Associado às prensas, que sofro de fronte, existem as dores que caminham sobre meu corpo, como se elas estivessem de mudanças e se instalando em novos espaços, locais, esses, que costumavam ter a sua função específica, além da adquirida espero que mantenham todas as funções anteriores.

Mas sinto um gosto irreconhecível em meus apanhadores dos sentidos paladares, que, certamente, são causados pelo rio que escorre de meus olhos, enquanto pelejo e descrevo este relato.

Não que sejam obsoletos, e ínfimos, por agora, porém, soma-se aos altos ruídos de uma música qualquer que estejam ouvindo, à minha tortura, e não seria desrelevante deixar espaçar deste relato, a imensa fúria que sinto comigo mesmo por ser fraco e dependente, no entanto, não um depende ao extremo, pelo fato de não ter chegado lá (e espero nunca chegar), mas me sinto inútil e frágil pelo o quê já se perpetua,

maldita esclerose

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