THEOSOPHIA E CIÊNCIA

O tempo se escoa, imprimindo velocidade progressiva nos conhecimentos, mas o Teorema da Incompletude de Kurt Gödel, o Princípio da Incerteza de Werner Heisenberg, a impossibilidade de seguir retroativa e totalmente a Evolução, a incompatibilidade entre a Teoria da Relatividade Geral e a Teoria Quântica, assim como a impossibilidade de identificar a Energia que move o Universo, de saber como funciona a Lei da Gravidade, de conhecer a origem da Radiação Cósmica de Fundo, de descobrir também o mistério dos Buracos Negros, e afinal, saber o que é o Universo e idealizar o seu Modelo, estabelecem definitivamente, um conjunto fundamental de limitações ao conhecimento científico, que só veio a ser reconhecido e admitido durante o século vinte, e certamente persistirá infinitamente. A não ser que intervenha a intuição, produzida por insights espirituais, permitindo que se concretize a própria intuição de Einstein: (“Não existe nenhum caminho lógico para a descoberta das leis do universo – o único caminho é a intuição”). Temos então, a Sabedoria Divina ensinando a Ciência Humana.

A Ciência humana encontra-se na Racionalidade, que além de ser o seu habitáculo, é o seu próprio limite. A transcendência desse limite, ocorre quando o Espírito assume o comando e passa a orientar a Razão. Mas esse evento não está à disposição da nossa vontade, instalando-se exclusivamente mediante os insights espirituais, que se escoam pelo canal da intuição, e para esse evento não há limite, nem para as alturas, nem para as profundezas, ou nem para o macro, nem para o micro. Porém, a racionalidade é prepotente, arrogante e vaidosa, ainda com o acréscimo da cobiça, nutrindo a convicção de que tem a capacidade para conhecer tudo e comprovar esse conhecimento. Nesse sentido, o seu limite está na árvore do conhecimento do bem e do mal, não podendo alcançar a Árvore da Vida (Gênesis 3:22 a 24) onde se encontra a plenitude do Conhecimento e da Sabedoria, e viver eternamente pelo espírito. Assim, a Ciência aprecia, mesmo nos seus pares, o conhecimento racional que consegue apreender, e dispensa o conhecimento espiritual que não pode compreender, porque aí se encontra a Árvore da Vida. Essas referências são espirituais, a Árvore da Vida é Cristo, o Coração do Universo, e o os seus ramos formam o Segundo Princípio, que é o seu reino e o verdadeiro Paraíso, onde a vida eterna é espiritual, unicamente em forma de Luz.

Albert Einstein assim se expressou, revelando o seu pensamento sobre Deus e sobre a sua própria crença: “Não existe nenhum caminho lógico para a descoberta das leis do universo – o único caminho é a intuição. A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia. Acredito no Deus de Espinoza, que se revela por Si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa pelo destino e pelas ações dos homens. Minha religiosidade consiste em uma humilde admiração pelo Espírito infinitamente superior que se revela no pouco que nós, com nossa fraca e transitória compreensão, podemos entender da realidade”.

Como Einstein acreditava no Deus de Espinoza, então vejamos quem era esse Deus. Há 343 anos, Baruch de Espinoza teve a mesma percepção de Zenão de Eléia e de Jacob Boehme, e concluiu que o verdadeiro cristianismo esclarece que estamos e somos em Deus, e a encarnação não significa que Deus veio viver entre os homens, mas sim que Ele vive nos homens. Espinoza ataca duramente a teologia cristã por ter destruído essa verdade do cristianismo. Na verdade Deus se produz a Si mesmo, às coisas e ao homem, e esse modo de autoprodução é o próprio modo de produção do real. Assim, Espinoza elimina a ideia fundamental da teologia e da filosofia cristãs, ou seja, a ideia de criação, e de um Deus pré-existente que tira o mundo do nada. Deus se produz e produz as coisas pelo mesmo ato, e Ele é a causa de Si mesmo e das coisas, como causa imanente e não transcendente. A sua produção não visa a fim algum, pois é o seu próprio fim, e entre esse ato de produção e o produto não há distância a separá-los, pois são uma só e mesma coisa, ou diremos, Deus se produz, de Si mesmo, por Si mesmo e para Si mesmo, porque tudo é Ele mesmo, ou seja, Deus é o próprio Universo, e é por isso que Ele diz em Hebreus 8:11: Todos Me Conhecerão.

Os cientistas também não acreditam nessa mesma intuição, quando o mesmo Einstein diz: “Tudo está determinado, o começo e o fim, por forças sobre as quais não temos controle. É determinado para um inseto, e para uma estrela, seres humanos, verduras ou poeira cósmica... Todos nós dançamos uma música misteriosa, tocada à distância por um músico invisível”, cujas palavras, ele disse numa entrevista publicada em 26 de outubro de 1929 pelo semanal americano The Saturday Evening Post.

Para complicar ainda mais as inconsistentes convicções dos cientistas, temos também os textos bíblicos sobre o determinismo e a predestinação: Mateus 11:27 / João 15:16 / Romanos 9:11 / 2 Coríntios 3:2,3 / Gálatas 1:15:16 / Efésios 1:5,11 e 2:8 / Eclesiastes 1:9 a 11 e 3:15 / e ainda Jeremias 1:5 e Salmos 139:16. (A Ciência de Einstein em comunhão com a Theosophia)

Seguindo pelo caminho intuitivo percebido por Einstein, podemos iniciar pela radiação cósmica de fundo, um fenômeno produzido pela pulsação, rigorosamente regular, do Coração do Universo, cujas ondas incidem sobre 56 espaços coníferos de atração concentrada, alinhados 7 em cada braço de uma das duas cruzes entrelaçadas, imbricados como escamas (Jó 41:15), tudo envolvido pela Energia Atrativa, convergente e introflexa, como uma capa do Universo, cuja pulsação provoca o ininterrupto bailado das partículas, que é sincronizado no Universo inteiro, cujo Universo é esférico, estático, autocontido, sem limites e nem finito ou infinito, pois Ele é o lugar de tudo, nada existindo fora dele, e onde nunca houve, não há, e nunca haverá quaisquer novidades, conforme Eclesiastes 1:9 a 11 e 3:15.

A Energia atrativa, convergente e introflexa, é essencialmente agente, e não sofre, jamais, nenhuma influência do que quer que seja. Por isso, os físicos e astrofísicos devem ficar sabendo, que essa Energia encurva toda a cosmometria da Matéria, e não o oposto, como imaginam, pois a Energia não é o lençol estendido, mas sim o cobertor que preenche e abraça inteiramente o espaço curvo, e que envolve todos os corpos celestes, pressionando-os e envolvendo-os simultaneamente, na exata proporção do seu peso, tanto em uma penugem como numa galáxia, gerando a chamada Força da Gravidade, que reúne em si mesma, todas as intensidades necessárias, adaptada aos pesos que comprime, sustenta, gira e modela, mediante o tríplice conjunto, entre a Força Centrípeta, atrativa, convergente e introflexa; a Força Centrífuga, expansiva oblíqua e divergente, e a Força Rotativa, envolvente, que harmoniza a atração com a expansão, modela e configura toda a manifestação da matéria. O vácuo é o repouso da Energia, ali presente, porém, mantém-se neutra onde não há matéria para ser circunscrita sob pressão e sustentação.

A Energia Centrípeta, a Energia Centrífuga e a Energia Rotativa são as três Constantes Cósmicas que, integradas, formam a Energia Gravitacional, a qual configura e sustenta toda a materialidade do Universo, que gira eternamente, como um imenso Carrossel, envolto por sete rodas imbricadas, nas cores e no esplendor do Arco-Íris (Apocalipse 4:3).

Quem somos nós? De onde viemos? Nós somos a materialização de apenas uma, entre n’lhões de sementes, ou informações, que estavam contidas no ovo cósmico do qual viemos, obedecendo ao implícito e rigoroso percurso evolutivo. O ovo cósmico, com todas as sementes ou informações que produziram a Geração Cósmica do Terceiro Princípio, teve a sua origem no acidente cósmico, que exigiu a intervenção da Energia, para a contenção de uma indevida e extremamente exacerbada expansão da materialidade, que exigiu a ação da contraposição de magnitude inimaginável, entre a Energia Centrípeta, atrativa e convergente, e a Energia Centrífuga, expansiva, oblíqua e divergente, combinadas pela envolvente Energia Rotativa, circunscrevendo o monumental confronto, que reduziu toda a corporalidade, na massa que se constituiu na Matéria prima do ovo cósmico. Este, extremamente comprimido, explodiu [a grande explosão primordial que foi percebida intuitivamente pelos Cientistas], disseminando toda a massa essencial do ovo cósmico, espalhando-a por todo o espaço destinado ao seu desenvolvimento. O acidente cósmico foi uma tentativa de violar a regra do determinismo, por meio de uma excessiva expansão, o que fez com que a Energia combinada [atração, centrifugação e rotação], reunisse toda a corporalidade de uma região, numa só massa compacta, como um amálgama, [a “sopa” dos Cientistas], que veio a ser a Matéria prima do ovo cósmico, que deu origem à extra geração do Terceiro Princípio, e à sua evolução no desenvolvimento dessa extra geração, ou seja, a Geração Cósmica do Terceiro Princípio.

O absoluto determinismo universal compreende também a alocação da corporalidade material nos vinte e quatro cones dispostos em forma de cruz, em cujos espaços, quem está fora não entra, e quem está dentro não sai. Mas, apenas UM dos vinte e quatro Príncipes Angélicos (Lúcifer) violou esse determinismo e, mediante uma violenta e desobediente expansão, pretendeu extrapolar os seus domínios (Judas 1:6). Isso provocou a imediata reação da Energia Centrípeta, que combinando a atração, centrifugação e rotação, acelerou a rápida circunscrição de toda a corporalidade rebelde e, numa inimaginável compressão, a reduziu numa massa compacta, porém totalmente contaminada, em razão da extraordinária alteração do ambiente de todas as essências dessa corporalidade. Essa massa contaminada tornou-se a Matéria prima do ovo cósmico, que explodiu sob a mega compressão à que foi submetido, dando origem ao Terceiro Princípio, que passou a evoluir na Geração Cósmica, que então se constituiu numa extra geração, que não existiria sem a insubordinação, da qual fazem parte todas as galáxias com os seus integrantes.

Ao extrapolar os limites do seu predeterminado espaço (domicílio), o Príncipe insubordinado Lúcifer, absorveu as suas Legiões, e pretendia, já com maior envergadura, absorver também o vizinho Príncipe Angélico e respectivas Legiões, e assim sucessiva e progressivamente, até absorver todos os vinte e três com suas Legiões, e também o próprio Filho, o Coração do Universo, estabelecendo a hegemonia sobre o próprio Pai, pois a Energia da Luz e a Energia Escura não podem ocupar o mesmo espaço em conjunto. Mas ele não imaginava que haveria uma rápida reação do Pai, que o circunscreveu por inteiro e o reduziu a escombros contaminados, que se tornaram a matéria prima do ovo cósmico, que deu origem ao Terceiro Princípio, a extrageração, onde se formaram todas as galáxias com os seus integrantes. Daí em diante, iniciou-se o longo processo de reciclagem e recuperação da matéria que foi contaminada, e que culminará com o retorno de uma parte (33,3), recuperada, para a Luz e duas partes (66,6), descartada e dissolvida nas Trevas, conforme a profecia em Zacarias 13:8,9, confirmando Judas 1:6, e esclarecendo “quem” é a besta de Apocalipse 13:18.

Todas as galáxias têm no seu centro, um Anjo Trono, um corpo de luz que é n’lhões de vezes maior do que a maior estrela, e no seu centro como um enorme olho, um espaço ocupado pela atrativa Energia Centrípeta, e assim que se conclui a reciclagem de toda a matéria da galáxia, inicia-se o processo de sucção da matéria restante, e nada mais restará dessa galáxia, que é totalmente absorvida pela Energia. Esse “olho” é o (buraco negro) da Ciência, que não se encontra aleatoriamente no Universo, mas somente no centro dos Príncipes Angélicos, dos quatro Querubins (Apocalipse 4:6), e também das galáxias (Anjos Tronos), até cumprir o seu papel e incorporar toda a matéria não reciclada à Energia Centrípeta, que é o próprio “olho” no centro de todos os maiores corpos celestes do Universo, e que é o “Olho do Universo inteiro”, circunscrevendo toda a expansão da matéria na grande Esfera Universal.

A Energia Centrípeta é o PAI, a Energia Centrífuga é o Filho, a Energia Rotativa é o Espírito Santo e o Universo é o Deus de Zenão de Eléia, de Jacob Boehme, de Baruch de Espinoza, de Albert Einstein, e nosso também.

Aliás, Ele é o Deus de tudo e de todos, embora muitos não O conheçam, e outros se recusem a conhecê-LO. Porém, no tempo determinado, “todos Me conhecerão” (Hebreus 8:11), para a suprema alegria de 33,3%, e o supremo tormento de 66,6%. Talvez o tempo seja agora, nesta década, mediante a contagem regressiva em andamento...

Os (Alpinistas) e os (Mergulhadores), uma expressiva minoria, são os que mais se empenham na obtenção dos conhecimentos espirituais, e para eles, recomendamos pesquisar sobre alguns notáveis: Zenão de Eléia (Filósofo); Jacob Boehme (Teósofo), Baruch de Espinoza, (Filósofo), Pierre T, de Chardin (Filósofo e Teólogo), Huberto Rohden (Filósofo), C. S. Lewis, (Teólogo, Escritor e Professor), e Francis Collins (Geneticista).

Entre os indicados, destaque para Jacob Boehme, o sapateiro alemão, que se tornou o maior Teósofo de todos os tempos, e que nos deixou uma vasta obra literária:

Obras de Jacob Boehme, em português:

A Aurora Nascente / A Sabedoria Divina /A Revelação do Grande Mistério / Os Três Princípios da Essência Divina / Quarenta Questões Sobre a Alma / A Chave / A Encarnação de Jesus Cristo / As Confissões / Diálogo Entre Uma Alma Iluminada e Outra Em Busca da Iluminação / A vida Suprassensível / O Caminho Para o Cristo.

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 31/10/2021
Código do texto: T7375402
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