Semana nova, vida nova

Chega a hora de crescer, ampliar o campo de visão.

Chega a hora de ser mulher, não me esconder mais da vida nem de ninguém. Não tem razão.

Estou aqui para fazer a diferença e não para observar. Sou a protagonista da minha própria história e digo quando esse capítulo modorrento deve acabar e é agora, sem mais.

Não existem razões para prolongar esses parágrafos. Não importa o que digam, o quanto riam, não tenho medo de tentar de novo, nem vergonha das minhas cicatrizes.

Queria poder consertar alguns trechos do passado, mas não posso e não me resta pranto para lamentar o que já superei.

De certa forma crio defesas para encarar o improvável. Ainda choro, sim, mesmo quando fecho os olhos para que ninguém veja, para que a dor me esqueça.

Não tem como fugir.

De mim?

Não sou imortal, não tenho mais a prerrogativa de brincar com os minutos como se eles fossem areia escorrendo por entre os dedos das mãos...

Hoje estou convencida de que o melhor caminho é desapegar-me por completo do pretérito. Olhar para o foco, para o presente porque o futuro pode não chegar... não chega para todos.

O futuro de todos nós é não ter mais nenhuma perspectiva.

Um dia os olhos se fecham, a caneta descansa e o coração não sofre mais de quaisquer males. Acabam as dúvidas, as moléstias e também a saudade.

agosto/2012

Marisol Luz (Mary)
Enviado por Marisol Luz (Mary) em 08/11/2021
Código do texto: T7381340
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