Semana nova, vida nova
Chega a hora de crescer, ampliar o campo de visão.
Chega a hora de ser mulher, não me esconder mais da vida nem de ninguém. Não tem razão.
Estou aqui para fazer a diferença e não para observar. Sou a protagonista da minha própria história e digo quando esse capítulo modorrento deve acabar e é agora, sem mais.
Não existem razões para prolongar esses parágrafos. Não importa o que digam, o quanto riam, não tenho medo de tentar de novo, nem vergonha das minhas cicatrizes.
Queria poder consertar alguns trechos do passado, mas não posso e não me resta pranto para lamentar o que já superei.
De certa forma crio defesas para encarar o improvável. Ainda choro, sim, mesmo quando fecho os olhos para que ninguém veja, para que a dor me esqueça.
Não tem como fugir.
De mim?
Não sou imortal, não tenho mais a prerrogativa de brincar com os minutos como se eles fossem areia escorrendo por entre os dedos das mãos...
Hoje estou convencida de que o melhor caminho é desapegar-me por completo do pretérito. Olhar para o foco, para o presente porque o futuro pode não chegar... não chega para todos.
O futuro de todos nós é não ter mais nenhuma perspectiva.
Um dia os olhos se fecham, a caneta descansa e o coração não sofre mais de quaisquer males. Acabam as dúvidas, as moléstias e também a saudade.
agosto/2012