O valor do consumo

O riso das pessoas consumistas, doentes na sua psique, às vezes, debocha dos que pouco possuem ou que possuem pouca capacidade de consumo, entendendo-se como mais feliz que o outro pelo fato de poder muito consumir, quando na verdade expressa por trás daquele possível falso sorriso uma profunda angústia maquiada pela alegria de comprar e de gabar-se.

De certa forma aquilo é um pedido de ajuda e uma incompreensão do motivo pelo qual o outro tendo menos, às vezes, possui a capacidade de ser mais feliz.

Mas na maldade humana é preferível canalizar essa coisa para algo negativo tentando afetar consciente ou não o outro através de energias negativas, desfazendo-se do outro como se o valor de consumo significasse superioridade existencial, numa tentativa desenfreada de arrastá-lo para sua infelicidade.

MAGNO HOLANDA