Destinatário Incerto

Às vezes escrevo algo mesmo sabendo que nunca vou entregar a alguém para ler

Isso pode ser medo ou até timidez pense o que quiser de mim, ou melhor, não pense.

Às vezes eu não sei o que quero dizer, mas mesmo assim toco-me a escrever.

E acabar por ficar lendo velhas mensagens até a vista cansar ou as letras acabarem,

Às vezes escrevo algo que gostaria de ler, e acabo por ter medo de mandá-las a alguém.

E sempre sobra uma frase feita, entretanto nunca antes dita a ninguém.

Mas um dia haverei de achar alguém a quem dizer ou mandar, cochichar e surpreender.

Raphael Ferras (23/09/06 – 22:22h)

Raphael Ferras Gonçalves da Silva
Enviado por Raphael Ferras Gonçalves da Silva em 15/11/2007
Código do texto: T738862