Simplesmente humano

Nossa! Quantas vezes já briguei comigo mesma? Quantas vezes já me convenci e me desconvenci das coisas? Quantas vezes já busquei entender, e outra, simplesmente desisti de tentar? Quantas vezes acordei de manhã, abri os olhos e vi a esperança entrar pela janela do quarto como um raio de sol? Quantas vezes já chorei, decepcionei, decepcionaram-me, parei, deitei, levantei de novo e continuei andando mesmo quando sem saber para onde, sem mapa, sem identidade?

Ah, a vida... gosta de brincar com nossos sorrisos e prantos; gosta de nos surpreender, gosta de trazer interrogações cruéis, da mesma forma que traz respostas surpreendentes.

É um trabalho e retrabalho se olhar no espelho e tentar descobri o que há ali por trás daquela imagem. O espelho não fala, mas a mente voa, e, muita das vezes, de asas quebradas; voo imperfeito. Querendo sair e chegar; querendo conhecer e reconhecer, mas nunca conseguindo saber onde pousar.

Tentar entender é uma busca cruel, irônica e desgastante. Mas o desejo da alcançar as nuvens rosas é estranhamente o que faz os pés caminharem, mesmo sem sandálias, sapatos e sem mapa.

Suane Cruz
Enviado por Suane Cruz em 23/12/2021
Reeditado em 23/12/2021
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