Consumismo

Pela telinha-símbolo da encolha, fiquei espantado com a fúria salivante de muitos que se debruçaram a meter o pau no consumismo do Natal, sem contar a mesma coisa de todos os anos: a data de nascimento de Jesus, como se isso fosse mais importante que os feitos d'Ele. Fico imaginando como é fácil estar diante de seu computador de última geração, do seu i-phone com acesso às redes sociais e ainda do seu tablet - a maioria tem os 3 aparelhos - e se deleitar a escrever mal sobre o consumismo que ocorre perto do Natal. Cansado de meter o pau, vai assistir sua televisão de 75 polegadas e preço condizente com o tamanho. Ou sai de carro zero comprado recentemente, bem vestido com roupas de grife e loção / perfume de 500,00 ou mais. Vai na balada e gasta um bom dinheiro naquilo que acha melhor para sua diversão. Volta para casa, bem mobiliada, comprada com os dividendos daquele investimento de sucesso que fez ou até financiou, mas que diz com orgulho que é a sua casa, mesmo que a perca se não puder pagar as prestações. Os exemplos de consumismo são muitos, nem vale a pena citar tudo, mas vivemos dentro dele e se não fosse ele, a cadeia de produção deixaria de dar empregos para muitas pessoas que necessitam trabalhar para sobreviver e...consumir. Sugiro de forma veemente que estas pessoas se livrem de tudo que é supérfluo na sua vida, mas que fiquem com pelo menos seu computador para escreverem sobre consumismo o ano inteiro - não só no Natal - mas por favor, incluindo o seu próprio consumismo, para pelo menos não ser tachado de hipócrita por quem lê e sabe minimamente como as coisas são desde que o mundo é mundo. Também se imiscua de falar sobre o dia do seu aniversário que por acaso é consumismo também, dia dos pais, das mães, etc. E se está lendo isso também consumiu para ter como ler.