FILOSOFIA, TEOLOGIA E TEOSOFIA

Tradicionalmente atribui-se a Theo os significados “Deus” e “divindade” a partir de uma compreensão estritamente literal de sua tradução, mas também existem outras vertentes que apontam para sentidos mais metafóricos como “Senhor supremo” ou ainda “O Todo-Poderoso”.

Filosofia:

Amor pela sabedoria, experimentado apenas pelo ser humano consciente de sua própria ignorância. [Segundo autores clássicos, sentido original do termo, atribuído ao filósofo grego Pitágoras (sVI a.C.).].

No platonismo, investigação da dimensão essencial e ontológica do mundo real, ultrapassando a opinião irrefletida do senso comum que se mantém cativa da realidade empírica e das aparências sensíveis.

Teologia:

Ciência ou estudo que se ocupa de Deus, de sua natureza e seus atributos e de suas relações com o homem e com o universo.

Teosofia:

Conjunto de doutrinas religiosas de caráter sincrético, místico e iniciático, acrescidas eventualmente de reflexões filosóficas, que buscam o conhecimento da divindade para alcançar a elevação espiritual. Doutrina espiritualista fundada no século XIX por Helena Blavatsky 1831-1891, ligada à tradição ocultista e às religiões orientais; teosofismo.

Além dos conceitos acima expostos, retirados do Google, devemos acrescentar algumas informações que facilitam uma mais ampla compreensão. Façamos o exame da etimologia das palavras, um hábito um pouco incomum, pois a origem e o sentido das palavras nem sempre são observados com profundidade, o que pode provocar equívocos na correta interpretação de textos, ainda com o acréscimo de que, todas as línguas da Humanidade são suscetíveis de interpretações controvertidas, seja pela sua incapacidade de expressar corretamente os pensamentos, ou pela maliciosa atuação dos astutos sofistas, exímios prestidigitadores das palavras, que as manipulam conforme as suas conveniências. A língua portuguesa tem sua origem no Latim, mas, ao longo do tempo as línguas se mesclaram e muitas palavras se originam do grego. Por exemplo, vejamos algumas palavras: Theos (elemento de composição grego) exprime a ideia de Deus. Philos (elemento de composição grego) exprime amizade, amor, inclinação, tendência. Logos (elemento de composição grego) dá origem a lógico = coerente, racional, conforme as regras da lógica. Sophia (grego) = ciência e sabedoria. Philosophia (grego) = estudo geral sobre a natureza de todas as coisas (inclinação ao saber). Theologia (grego) = ocupa-se do estudo racional de Deus e seus atributos. Theosophia (grego) = sabedoria divina

Podemos então observar, que a Philosophia é uma inclinação ou tendência para o estudo geral sobre a natureza de todas as coisas, através da razão, e que a Theologia estuda Deus e seus atributos, também através da razão. O mesmo não acontece com a Theosophia que não estuda nada, pois ela é a própria sabedoria divina, que, evidentemente, não necessita de nenhum estudo, mesmo porque a Theosophia é inacessível à razão, pois a sabedoria divina é uma concessão espiritual, do Espírito de Deus para o espírito do homem, que passa a ocorrer de forma fragmentada, através dos insights espirituais, e conforme a diversidade alinhada em I Coríntios 12;1 a 11, a partir do novo nascimento, que é o Pentecostes individual, quando o Filho de Deus se transforma no Filho do Homem, caracterizando o nascimento em Cristo. É nesse instante que “morre” o Homo Habilis e “nasce” o Homo Sapiens. Daí em diante, a Theosophia passa a ser vivenciada, e o Cristão independente, não necessita que alguém o ensine, como se observa em 1 João 2;27.

Como se pode deduzir, é exclusivamente na Theosophia que se encontra o Tesouro, a plenitude da Verdade, e é nela que nasce o Homo Sapiens, no Novo Nascimento, de forma simultânea com a ressurreição de Cristo. (Efésios 2:4 a 9)

Ele vos deu vida, estando vós mortos nas vossas transgressões e pecados. (Efésios 2:1)

Essas inspirações espirituais são revelações que, numa impressionante velocidade, explodem na mente humana, fornecendo conhecimentos jamais sequer imaginados pela pobre razão que, atordoada, passa a “ruminá-los” para obter um ordenamento mais acessível e mais fácil de ser exteriorizado. Até o Apóstolo Paulo encontrou dificuldades para discorrer sobre o que recebeu (Hebreus 5;11 a 14), assim como o extraordinário Teósofo Jacob Boehme. Paulo fornece mais uma indicação, do que ocorre quando a consciência espiritual extrapola os padrões humanos e passa a orientar o cotidiano da vida: II Coríntios 5;16 – Assim, daqui em diante a ninguém reconhecemos segundo os padrões humanos. E ainda que tenhamos conhecido a Cristo segundo os padrões humanos, agora não mais o conhecemos desse modo.

Podemos então concluir, que a Theologia é a concepção de Deus pela imaginação racional, onde há a necessidade de acreditar em Deus, enquanto que a Theosophia é a efetiva percepção de Deus, obtida pela transferência da Sabedoria Divina através dos insights espirituais, transformados em conhecimentos (ou sabedoria) que, obviamente, dispensam a necessidade de acreditar.

Romanos 11:29 – Porque os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis.

1 João 2:27 – E quanto a vós, a unção que dele recebestes mantém-se em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine. Mas, a unção que dele vem é verdadeira, não é mentira, e vos ensina a respeito de todas as coisas; permanecei nele assim como ela vos ensinou.

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 07/01/2022
Código do texto: T7424127
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