NÃO É QUE SEJA VOCÊ
Eu vejo você, mas não te enxergo.
Me questiono sobre em quantas pessoas distintas alguém pode se transformar.
Você e suas caras, seus jeitos, traços e danças.
A música sem nota, a dança sem ritmo.
O verdadeiro significado de in-de-ci-frá-vel.
O amor vívido e a paixão não correspondida.
E não é você sabe, sou eu.
Eu que tenho essa mania estranha de querer achar sinônimo e antônimo para tudo.
Eu que sempre prefiro o palpável, o óbvio, que tem medo do abstrato.
Decifrar você é exaustivo, insolúvel, mesmo que essas definições sejam inoportunas.
Porquê o sentir é isso no final, inconveniente e essencial.