Algo estranho a revirar as entranhas...

como a pisar em falso

num tempo bambo.

 

Dias se adiantam a nós,

que ficamos a ver navios

sem mar.

 

Amarelamos, sentados nas calçadas, observando perplexos

o desfile de horrores.

 

Outros se divertem, engolidos por uma tela de ilusões.


Pescoços baixos, não  enxergam horizontes, nem desmontes.

 

Zumbizando apenas, se esquivando do mundo real.

Isso é mal...

 

Sim, há algo muito estranho no ar que respiramos, no solo em que pisamos e nos olhos das pessoas sem rumo, exercitando seu respirar.

 

 

 

 

 

 

TACIANA VALENÇA
Enviado por TACIANA VALENÇA em 05/02/2022
Código do texto: T7445088
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