Plenitude e resíduos afetivos..

A existência clama continuamente por um sentido original, que não se alimenta das reminiscências das realizações alheias, nem se acalma o frio da alma solitária com a projeção do calor de contatos esporádicos que não tem a si mesmo por fim, mas como meio para que outros satisfaçam necessidades as mais diversas. É preciso deixar de lado o comodismo de sobreviver emocionante de resíduos afetivos, e se perceber enquanto ser com potencial de ser amado pelo que se é. Nesse contexto, o que se faz pelo outro deixa de ser oportunidade desesperada de receber atenção, e passa a ser projeção de luz de uma alma repleta de plenitude existencial.