Talvez... quem sabe...

Muitas páginas rasgadas. Nenhum rabisco legível. Música ao fundo. “Eu só queria ser normal sem ser clichê...”. Dor de cabeça. Pensamentos aleatórios. Morte. Seria a solução?

Pensamentos aleatórios. “Isso que você queria mesmo”

Música... “eu sou trauma, confusão...”

Talvez o mundo ficasse melhor sem mim.

Talvez ... talvez.

Eu não faço a mínima diferença mesmo. Já diria o Coringa “que a minha morte valha mais que minha vida”. Será?

As pessoas sofrem, passam o período de luto e sobrevivem. Seguem suas vidas. E depois morrem. E eu nunca passei de uma Maria ninguém. Ninguém vai lembrar meu nome nem sobrenome, nem vou ser reconhecida. Eu vou ficar escondida. Eu quero ficar escondida. Não quero que esse mundo me veja. Tá tudo tão louco...

Não estou pensando bem... deve ser a dor de cabeça.

Tum, tum, tum, pulsa a veia na minha testa.

Eu não vou fazer diferença mesmo. Talvez eu consiga ouvir uma música pra poder ir pro meu estado de paz.

“Você é uma idiota!” “Desgraçada!” “Você não serve pra nada” “Se mata” “Tenho pena”

Até amanhã. Talvez. Acho que vou pra um lugar melhor...